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Conflito aberto entre pai e filha agita política francesa

Marine Le Pen, líder do partido de extrema-direita Frente Nacional, anunciou que vai ser contra a candidatura de seu pai, Jean-Marie Le Pen, nas eleições regionais do país

Por Da Redação
8 abr 2015, 09h41

A presidente da Frente Nacional (FN), Marine Le Pen, entrou nesta quarta-feira em conflito aberto com o pai, fundador do partido de extrema-direita, ao afirmar que é contrária a uma candidatura de Jean-Marie Le Pen nas próximas eleições regionais francesas, reporta o jornal Le Monde. A decisão foi tomada depois que Jean-Marie Le Pen fez declarações favoráveis aos nazistas em uma entrevista a um jornal considerado antissemita. “Jean-Marie Le Pen parece ter entrado em uma verdadeira espiral entre a estratégia de terra arrasada e suicídio político”, escreveu Marine Le Pen em um comunicado.

“Com a situação, informei a Jean-Marie Le Pen que serei contrária a sua candidatura nas eleições regionais previstas para 2015”, completou a líder da FN, que se esforça há vários anos para apresentar a Frente Nacional como um “partido normal” e mudar a imagem de ultradireita herdada do pai. Jean-Marie Le Pen, de 86 anos, presidente de honra da FN e deputado europeu, queria representar o partido nas eleições regionais.

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Na entrevista concedida à publicação de extrema-direita Rivarol, divulgada na terça-feira, Jean-Marie Le Pen defendeu a memória e a política do marechal Philippe Pétain, líder da colaboração da França com a Alemanha nazista, e criticou a estratégia da filha no comando da FN.

Na semana passada, Jean-Marie Le Pen repetiu declarações sobre as câmaras de gás dos campos de extermínio nazistas, ao afirmar que eram um “detalhe” da história. Palavras semelhantes de Le Pen sobre as câmaras de gás já lhe renderam uma condenação judicial no passado.

O vice-presidente da FN, Florian Philippot, escreveu no Twitter que a “ruptura política com Jean-Marie Le Pen agora é total e definitiva” e serão tomadas decisões rapidamente. Louis Aliot, também vice-presidente da FN, destacou que as “divergências políticas” com Jean-Marie Le Pen são “irreconciliáveis” agora, após suas declarações ao Rivarol, que chamou de “pasquim antissemita”.

(Da redação)

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