Conferência de Teerã propõe ‘grupo de contato sobre Síria’
Aliados de Assad querem ser alternativa ao Ocidente para resolver conflito sírio
A conferência realizada em Teerã para tratar a situação na Síria, que contou com a participação de cerca de 30 países e organizações, propôs nesta sexta-feira a criação de um ‘grupo de contato’ para ‘pôr fim à violência e promover um diálogo integrador entre o governo sírio e a oposição’.
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Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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Os participantes, entre eles Rússia, China, Índia, Irã e alguns países da Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba), consideram ‘o diálogo nacional a única maneira de resolver o conflito da Síria’, segundo um comunicado divulgado nesta sexta-feira pelas agências locais. A nota, que expressa o desejo dos participantes em realizar novos encontros, pede à Síria que cesse os confrontos durante ‘três meses’ para iniciar negociações mediante ‘mecanismos pacíficos’.
Intervenção – Como já era esperado, o grupo formado por aliados do regime de Bashar Assad reafirmou sua contrariedade a uma intervenção militar no país, defendendo o ‘respeito à soberania nacional e integridade territorial’ da Síria. Nesse sentido, os participantes apontaram ‘profunda preocupação pela entrada de grupos terroristas conhecidos (em referência à Al Qaeda) no conflito sírio’ e advertem que, assim como a ajuda militar, esta implantação terrorista pode ter ‘consequências nefastas sobre a paz e a segurança da região’.
A reunião, convocada pelo Irã, o mais firme aliado do regime de Damasco no Oriente Médio, pretende ser uma alternativa à reunião dos Amigos da Síria, convocada anteriormente pelos Estados Unidos e seus parceiros, que apoiam a oposição, motivo pelo qual o Irã afirma que eles sim são ‘os verdadeiros amigos da Síria’.
(Com agência EFE)