Condutor de trem que descarrilou na Espanha se nega a depor
Motorista, que ficou ferido e está hospitalizado, foi acusado de imprudência
Por Da Redação
26 jul 2013, 17h10
O condutor do trem que descarrilou na quarta-feira próximo à estação de Santiago de Compostela, Francisco José Garzón Amo, negou-se a responder às perguntas de policiais nesta sexta-feira, recorrendo ao direito de prestar declarações apenas diante do juiz. O maquinista, que também ficou ferido no acidente, está detido em um hospital em Santiago de Compostela e foi formalmente acusado de imprudência. O funeral das 78 vítimas do acidente está previsto para ocorrer segunda-feira na catedral de Santiago, segundo o jornal El País. Ainda há 95 feridos.
Informações preliminares indicam que a causa do acidente foi o excesso de velocidade, considerando que o trem viajava a 190 quilômetros por hora em um trecho onde o limite era 80 quilômetros por hora. Gonzalo Ferre, presidente da estatal ferroviária espanhola Adif, disse que Garzón deveria ter começado a frear o trem quatro quilômetros antes de chegar ao local do acidente. Em entrevista à agência EFE, Ferre afirmou que todos os sistemas de segurança da via funcionaram e que, de qualquer forma, “é função do maquinista controlar a velocidade do trem, caso contrário, ele seria um passageiro”.
Conhecimento – Também nesta sexta, o presidente da Renfe, a estatal responsável pela prestação de serviços de transporte, disse que o motorista já havia passado sessenta vezes pelo ponto onde o trem descarrilou, e que tinha um “amplo conhecimento” da linha. “Uma curva que tem velocidade de 80 quilômetros por hora é o tipo de coisa que um maquinista conhece bem”, afirmou Julio Gómez-Pomar.
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O condutor deverá responder a pelo menos 78 acusações de homicídio por imprudência (para cada uma das vítimas) e outras 130 por lesões dos feridos. A Justiça também deve indicar a responsabilidade da companhia do trem, a Renfe, como empregadora do maquinista.
O trem da linha que liga Madri a Ferrol descarrilou na tarde de quarta-feira perto da estação de Santiago de Compostela, na região da Galícia. O governo decretou três dias de luto pela pior tragédia ferroviária do país em 40 anos.
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