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Como um cachorro impulsionou o caso de corrupção na Coreia do Sul

Um escândalo tirou a presidente Park Geun-hye do poder, depois que atritos pessoais de sua amiga de infância trouxeram o caso à tona

Por Da redação
Atualizado em 12 dez 2016, 21h28 - Publicado em 12 dez 2016, 21h26

O escândalo político que culminou no impeachment da presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, parece ter começado com uma discussão sobre um cachorro. Nesta semana, Ko Young-tae, responsável por levar as irregularidades à imprensa, contou em depoimento que decidiu abrir o caso depois de uma briga com Choi Soon-sil, a amiga da presidente envolvida com tráfico de influências.

O desenvolver do episódio começou em 2012, logo após a eleição de Park, de acordo com o jornal The New York Times. Sem laços diretos no meio político, Ko, um ex-esgrimista de 40 anos, era dono de uma marca de roupas e sapatos na Coreia quando foi apresentado a Choi. Ao longo de anos, o homem lhe vendeu centenas de acessórios que custaram a ela milhares de dólares.

As peças de Ko fizeram sucesso na imprensa quando acabaram no guarda-roupa da presidente Park, como “presentes” de sua amiga de infância. Cada vez mais próximo de Choi, o empresário começou a notar sua estranha relação com Park, de acordo com a imprensa local. Segundo investigações posteriores do governo, Choi exercia extrema influência sobre a presidente, escrevia seus discursos e usava a amizade para fazer negócios que lhe favoreciam financeiramente.

O caso de corrupção poderia ter se mantido na esfera privada, mas estranhamentos entre Choi e Ko culminaram em uma vingança pessoal. Em 2014, o empresário se ofereceu para cuidar do cachorro da filha de Choi, mas foi xingado por ela quando deixou o animal sozinho. “Ela me tratava com um escravo, me ofendendo diversas vezes”, disse ele à Justiça.

Depois da briga acerca do animal, Ko decidiu reunir evidências para denunciar Choi por seu envolvimento ilegal no governo de Park. Vídeos gravados por ele e entregues a TV locais mostram funcionários federais recebendo ordens de Choi e tratando-a como soberana. Desde então, o ex-atleta virou um herói da oposição sul-coreana. Sohn Hye-won, deputado de oposição, chegou a comentar em audiência que Ko “abriu a caixa de Pandora” da corrupção no país, ao mostrar que a presidente favorecia uma amiga sem cargos políticos.

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