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Como será a escolha do sucessor de Bento XVI

Até que a famosa frase “habemus papam” seja pronunciada, um longo caminho será percorrido pelos membros do Colégio dos Cardeais

Por Da Redação
12 fev 2013, 07h52

Quando o papa Bento XVI, de 85 anos, deixar o posto no próximo dia 28, o processo para escolha de um novo líder da Igreja Católica terá início. O decano do Colégio de Cardeais, o italiano Angelo Sodano, será responsável por convocar uma reunião para a eleição papal – ou conclave, que deverá ter início em meados de março. No período entre a renúncia de Bento XVI e a escolha de seu sucessor, a Igreja será governada pelo Colégio de Cardeais, liderada por Tarcisio Bertone, como cardeal camerlengo. Ele terá a tarefa de supervisionar o processo eleitoral.

O número máximo de cardeais eleitores é de 120, mas apenas 117 estão aptos a votar no sucessor de Bento XVI. As regras do conclave foram alteradas em 1975 para excluir todos os cardeais com mais de 80 anos – três estão acima desta idade. Os cardeais com mais de 80 anos têm uma função espiritual e só participam da fase preliminar de seleção.

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Dos votantes, 67 foram designados por Bento XVI e cinquenta por seu antecessor, João Paulo II. Sessenta e um são europeus (sendo 21 italianos) dezenove são latino-americanos (incluindo cinco brasileiros), quatorze são norte-americanos, onze são africanos, outros onze, asiáticos e um cardeal é da Oceania.

Durante o conclave, os cardeais se hospedam no Vaticano e não devem ter nenhum contato com o mundo exterior – o uso de celulares não é permitido e também é proibido o acesso à internet, TV e rádio. Isolados na Capela Sistina, antes de começar o conclave, os cardeais juram que seguirão as regras e que guardarão segredo sobre a eleição – mesmo depois do anúncio do novo papa -, sob pena de excomunhão.

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Ao longo do processo de escolha do sucessor, há uma discussão sobre os possíveis candidatos. A campanha aberta não é permitida, mas o sistema tem um alto grau político. Teoricamente, qualquer fiel adulto, batizado e não casado, pode ser eleito papa, apesar de, durante séculos, apenas cardeais terem sido eleitos.

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Três cardeais escrutinadores são eleitos para ocupar a mesa onde serão apurados os votos, e outros três para revisar o processo. Há ainda outros três escolhidos para recolherem os votos dos cardeais impossibilitados de comparecer à capela.

A votação é feita à mão, em cédulas onde está escrito, em latim: “Escolho para sumo pontífice”. Ao depositar o voto sobre um prato, que servirá para despejar o voto em uma urna, o cardeal deve dizer em voz alta: “Invoco como testemunha Cristo Senhor, o qual há de julgar que o meu voto é dado àquele que, segundo Deus, julgo deve ser eleito”.

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Ao final do processo, todas as cédulas e anotações são queimadas na estufa com chaminé da Capela Sistina. Se não houver maioria, a fumaça será preta. Se houver um eleito, a fumaça será branca.

A eleição do novo pontífice ocorre quando há maioria de dois terços dos votos. João Paulo II havia mudado a regra para permitir que, depois de 12 dias de votação inconclusiva, o sucessor pudesse ser definido com maioria simples. No entanto, em 2007, Bento XVI aprovou um decreto revertendo a decisão – volta a valer a regra de maioria de dois terços mais um voto, uma forma de incentivar os cardeais a chegar a um consenso.

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Se depois de três dias de votação ninguém tiver conquistado a maioria, o processo é suspenso durante um dia, uma pausa para orações e discussões informais. A partir da 34º contagem, ocorre a votação entre os dois cardeais mais votados no último escrutínio.

O cardeal com o maior tempo de nomeação é quem tem a incumbência de anunciar o novo papa. Da sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, o cardeal anuncia a decisão aos fiéis com a célebre frase “Habemus papam”.

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