Como parte de acordo, Israel liberta 26 prisioneiros palestinos
Libertação ocorre enquanto Israel anuncia a ampliação dos assentamentos em território palestino
Israel libertou 26 prisioneiros palestinos como parte do acordo promovido pelos Estados Unidos para que Israel e palestinos retomem as negociações de paz. A segunda rodada de conversas ocorrerá na tarde desta quarta, em Jerusalém, cidade no coração do conflito. No total, o acordo prevê a liberação de 104 detentos ao longo dos nove meses previstos de negociações.
Leia também:
Leia também: Nos EUA, Israel e Palestina iniciam novo esforço pela paz
As libertações ocorrem ao mesmo tempo em que Israel anuncia a ampliação dos assentamentos construídos ilegalmente no território palestino. O Ministério do Interior deu nesta terça a aprovação final para a construção de mais de 940 novas residências em Jerusalém Oriental, região que é alvo de disputa entre as duas partes. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu dificilmente cederá Jerusalém Oriental para que se torne a capital palestina, sendo este um dos principais obstáculos às negociações.
Os novos apartamentos devem ser construídos em Gilo, bairro na parte sul de Jerusalém. No domingo, o governo israelense já havia anunciado planos para a construção de 1 187 alojamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Leia mais:
Leia mais: Israel derruba foguete lançado contra balneário de Eilat
Prisioneiros – Um primeiro grupo de palestinos deixou a prisão israelense de Ofer e seguiu para a Cisjordânia em um comboio de quatro veículos da Autoridade Palestina, escoltado pela polícia. Outro grupo chegou a Gaza pela passagem fronteiriça de Erez. Nos dois casos, os prisioneiros foram recebidos por centenas de pessoas que comemoraram sua volta.
Saiba mais:
Saiba mais: Israel x Palestina: dos dois lados do muro
“É o dia mais importante de nossas vidas. Estamos muito felizes”, disse Mahmud Salah, de 52 anos, que esperava o irmão Moqdad, que passou 21 anos preso. “Mesmo após o anúncio dos nomes, realmente não acreditávamos que voltaríamos a vê-los novamente”.
A maior parte dos palestinos havia sido presa por acusações envolvendo atentados contra civis israelenses. As libertações só ocorreram depois que o Supremo Tribunal de Israel rejeitou um recurso contra a soltura dos 26 detentos apresentada pela Almagor, uma associação de vítimas israelenses.
(Com agências Reuters e France-Presse)