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Como mudança climática serviu de combustível para enchentes em NY

Estados de Nova York e Nova Jersey enfrentaram chuvas fortes que deixaram ao menos 23 mortos na madrugada desta quinta-feira

Por Da Redação 2 set 2021, 19h15

A chegada do furacão Ida aos Estados Unidos continua deixando estragos pelo país. Os estados de Nova York e Nova Jersey enfrentaram chuvas fortes na madrugada desta quinta-feira, 2, que mataram pelo menos 23 pessoas na costa leste americana. Mais cedo durante esta semana, o fenômeno já havia deixado mortos e desaparecidos em Louisiana e Mississipi.

Segundo especialistas, as mudanças climáticas estão diretamente relacionadas à intensidade e gravidade das enchentes. Isso se dá porque o ar quente tem mais vapor de água do que o ar frio. Com as temperaturas elevadas no hemisfério norte, as chuvas também aumentaram. Recentemente, tempestades intensas também atingiram outros países, como Alemanha. 

As variações climáticas também interferem nos furacões, fazendo com que os fenômenos se tornem mais perigosos. Dessa forma, eles produzem mais chuva, se movem mais lentamente e causam mais estragos, justamente o que aconteceu com o Ida na costa leste americana.

Com ventos de 230 km/h, o Ida foi o 5º furacão mais forte da história a atingir o continente.

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Embora os meteorologistas americanos já tivessem previsto as chuvas, o ritmo da tempestade espantou. Ida bateu vários recordes, resultando no dia mais chuvoso em Newark, Nova Jersey, desde 1977. Em Nova York, foi emitido pela primeira vez na história o status de emergência de inundação repentina na cidade. Segundo o Serviço Meteorológico Nacional da cidade, o Central Park registrou 7,13 polegadas de chuva, quase dobrando o recorde anterior de 1927. 

Os governantes não estavam preparados para a dimensão das enchentes, e não pensaram em alternativas de prevenção para o desastre a tempo. 

“É perigoso. Estamos vendo um tipo de chuva – quase nunca vemos esse tipo de velocidade com que a chuva veio”, disse o prefeito de Nova York, Bill de Blasio.

Em South Jersey, um tornado atingiu Mullica Hill, que fica a cerca de 40 quilômetros da Filadélfia. Em dois vídeos publicados nas redes sociais é possível ver destroços girando com os ventos.

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Milhares de pessoas tiveram que deixar as casas devido as inundações que são consequência das chuvas causadas pela passagem do furacão Ida nos dois estados. O fenômeno, que já foi rebaixado para tempestade tropical, entrou nos EUA através dos estados de Mississipi e Louisiana, onde foram contabilizadas outras seis mortes.

Na segunda-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, e o governador da Louisiana, John Bel Edwards, deixaram claro que a previsão é de que mais vítimas sejam localizadas, à medida que os trabalhos de busca e resgate avançam.

“Vamos lidar com estes danos durante bastante tempo”, disse Bel Edwards. 

O furacão também causou danos à parte cultural das cidades. Na Louisiana, a força do fenômeno destruiu por inteiro o histórico prédio localizado na cidade de Nova Orleans onde trabalhou na juventude o músico Louis Armstrong.

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A construção, que foi construída em 1913 e abrigava o local onde Armstrong trabalhava e conseguiu ter condições de iniciar a carreira na música, se tornou uma montanha de escombros.

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