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Como foi a conversa de ministro de Lula e secretário de Trump sobre o tarifaço

Mauro Vieira e Marco Rubio se reuniram nesta quinta-feira em Washington

Por Redação
Atualizado em 13 nov 2025, 20h57 - Publicado em 13 nov 2025, 20h43

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quinta-feira, 13, que o governo dos Estados Unidos manifestou disposição para concluir, nas próximas semanas, um acordo provisório com o Brasil que estabeleça um roteiro para a solução para as tarifas de 50% sobre a importação de produtos brasileiros pelo país americano. A declaração foi dada a jornalistas após o ministro participar de um encontro com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em Washington.

Segundo Vieira, o Brasil apresentou no dia 4 de novembro uma resposta formal à primeira lista de temas entregue pelos EUA em 16 de outubro. De acordo com o chanceler, Rubio afirmou que Washington está analisando as propostas brasileiras com “toda a atenção” e que deseja encaminhar uma resposta “muito proximamente”, possivelmente amanhã ou na próxima semana.

De acordo com o ministro, a ideia é construir um acordo inicial que funcione como “mapa do caminho” para uma negociação mais ampla, estimada para durar de dois a três meses, quando então se concluiria o acordo entre os países.

Segundo Vieira, Rubio informou o presidente americano Donald Trump que se reuniria com o brasileiro e recebeu dele a orientação de avançar rapidamente na negociação. Vieira relatou que Trump elogiou a reunião que teve com o presidente brasileiro na Malásia, ocasião em que ambos concordaram em abrir um novo canal de diálogo para acelerar negociações comerciais.

Vieira destacou que, por ora, não houve discussão de itens específicos — como tarifas sobre o café brasileiro — porque a fase atual ainda é de definição do marco geral das negociações. Questões detalhadas deverão ser tratadas nas mesas técnicas, que podem ocorrer de forma virtual ou presencial, conforme necessidade.

Vieira considerou o movimento dos Estados Unidos uma “demonstração clara do interesse do governo americano” em superar impasses remanescentes e “virar a página” nas relações bilaterais. Ele ressaltou que o Brasil aguardará a reação formal de Washington antes de divulgar detalhes das propostas apresentadas.