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Comitê do Senado dos EUA vota nesta sexta indicação de Kavanaugh

A recomendação do Comitê de Justiça é um passo prévio ao voto de confirmação da indicação do juiz acusado de agressão sexual no plenário do Senado

Por Da redação
Atualizado em 28 set 2018, 12h00 - Publicado em 28 set 2018, 09h35

O Comitê de Justiça do Senado dos Estados Unidos votará nesta sexta-feira (28) para decidir se recomenda ao plenário da casa a indicação do juiz Brett Kavanaugh para a Suprema Corte do país.

O anúncio foi feito pelo vice-líder do Partido Republicano no Senado e também integrante do Comitê de Justiça, John Cornyn. Segundo ele, a votação definitiva no plenário deve ocorrer na próxima terça-feira.

Kavanaugh precisa que todos os senadores republicanos votem em seu favor para chegar à Suprema Corte ou, caso não haja unanimidade dentro do partido, que algum democrata opte por indicá-lo.

Mesmo se o Comitê não aprovar a indicação do juiz nesta sexta, o líder da maioria republicana no conselho ainda poderia mover uma ação para uma votação maior no plenário do Senado.

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O juiz foi ouvido no Comitê de Justiça do Senado na quinta-feira, pouco depois do depoimento de Christine Blasey Ford, a primeira das três mulheres que o acusou de assédio sexual. Em seu depoimento, a professora detalhou a agressão da qual foi vítima. Por outro lado, Kavanaugh negou a versão apresentada pela mulher.

Ford afirmou que o ataque aconteceu durante uma festa no subúrbio de Washington, nos anos 1980, quando Kavanaugh estava alcoolizado.

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Ele e um amigo, identificado como Mark Judge, teriam empurrado Ford para um quarto e a encurralado em uma cama. Segundo a mulher, Kavanaugh subiu em cima dela e tentou tirar suas roupas, enquanto seu amigo observava.

“Brett me agarrou e tentou tirar minhas roupas. Ele teve dificuldades porque estava muito bêbado e eu estava usando um maiô debaixo das minhas roupas”, relatou Christine ao Senado. “Eu acreditava que ele ia me estuprar”, afirmou.

O juiz jurou ser inocente das acusações. “Bebia cerveja com os meus amigos. Quase todos faziam isso”, disse. “Mas não bebia cerveja até o ponto de desmaiar e nunca ataquei ninguém sexualmente”.

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“Minha família e meu nome foram destruídos de forma total e permanente por essas acusações falsas e sem sentido”, declarou Kavanaugh.

Indefinição

Kavanaugh foi indicado pelo presidente Donald Trump para ocupar o cargo vitalício na Suprema Corte do país.

Na quarta-feira, Trump disse que poderia ser convencido das acusações e afirmou que assistiria ao discurso de Christine. A fala foi uma mudança no tom do presidente, que até então vinha sugerindo que as acusações eram falsas.

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Nesta quinta-feira, no entanto, Trump voltou a adotar um tom agressivo, mostrando solidariedade a Kavanaugh. “Ele mostrou aos EUA exatamente por que eu o escolhi para a Suprema Corte”, disse Trump, no Twitter. “Seu depoimento foi poderoso, honesto e cativante.”

Vários dos senadores republicanos ainda não revelaram seus votos. Alguns dos indecisos fizeram uma reunião privada após as declarações de Ford e Kavanaugh no Comitê de Justiça.

A recomendação do Comitê de Justiça é um passo prévio ao voto de confirmação da indicação no plenário do Senado.

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Além de Christine, outras duas mulheres acusaram o juiz publicamente de assédio sexual. Debora Ramírez, colega de Kavanaugh na Universidade de Yale, revelou ao jornal The New York Times que ele irou a roupa, bêbado, durante uma festa em uma residência de estudantes nos anos 1980. Segundo ela, o juiz colocou o pênis em seu rosto e a fez tocá-lo sem seu consentimento, enquanto ela tentava tirá-lo de cima.

A terceira mulher, Julie Swetnick, revelou ter testemunhado abusos de outras mulheres em festas que os dois frequentavam.

(Com Estadão Conteúdo e EFE)

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