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Comediante alemão que fez piada com Erdogan voltará à TV

Jan Boehmermann está sendo processado com base em lei que proíbe insultos a líderes estrangeiros

Por Da Redação
5 Maio 2016, 23h32

O comediante alemão que causou tumulto no mês passado por ler um poema que ofendia o presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan deve voltar à televisão após um hiato, “agora com mais cuidado”. Jan Boehmermann foi colocado sob proteção policial depois de receber um processo judicial do governante turco.

O duvidoso processo conduzido por Erdogan foi baseado em uma lei alemã do século XIX que permite acusar alguém por insultar um líder estrangeiro. Erdogan passa por um momento de turbulência em seu país e vem sendo criticado por seus opositores por suas crescentes medidas autoritárias.

O caso contra Boehmermann ganhou novas proporções quando, após duas semanas de discussão, a chanceler alemã Angela Merkel, tendo o poder de vetar a ação, permitiu que o processo seguisse na Justiça. Em entrevista ao jornal The New York Times, Boehmermann disse que ele e sua equipe ficaram “completamente surpresos com a resposta da chanceler” e não imaginavam que a lei “obscura” existia quando planejaram o programa.

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Apesar de o comediante afirmar que voltará à TV no dia 12 de maio, sua autonomia para fazer piadas está podada pela Justiça. Em um país democrático onde a liberdade de expressão costuma ser respeitada, ele afirma que não está autorizado a falar do presidente turco. “Eu não estou livre, como vocês podem imaginar. Eu vou para o palco e preciso pensar sobre o que o posso dizer”, contou ao Times.

Por outro lado, Boehmermann espera poder apresentar o seu lado da história para a Justiça em breve. O comediante disse que acredita no sistema judicial da Alemanha e está “confiante que irão lidar com o caso de forma justa”.

Na ocasião em que o processo foi iniciado, Merkel ficou em uma posição delicada, pois teve de se posicionar entre a defesa da liberdade de expressão em seu país e a dependência de Erdogan para resolver a crise de refugiados na Europa. O poema do humorista usava vários termos de baixo calão para definir o presidente turco e fazia referências a sexo com cabras e ovelhas, bem como a repressão das minorias turcas pelo governante.

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(Da redação)

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