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Começa julgamento por acobertamento de atentado contra centro judaico Amia; Cristina não é ré

O ex-presidente Carlos Menem e seu ex-chefe de inteligência são acusados de ocultação de provas e obstrução das investigações do atentado a bomba cometido em 1994

Por Da Redação
6 ago 2015, 12h32

Um tribunal argentino começa nesta quinta-feira a julgar o ex-presidente Carlos Menem (1989 – 1999) e outros doze acusados por acobertarem e desviarem provas no processo sobre o atentado contra o centro judaico Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), que deixou 85 mortos em Buenos Aires, em 1994. A presidente Cristina Kirchner e nenhum outro membro de seu governo são réus nesse processo, iniciado antes da denúncia do procurador-geral Alberto Nisman, que foi encontrado morto dias após acusar chefe de Estado e seus funcionários de acobertarem iraniano envolvidos no atentado.

Menem, no entanto, não compareceu à primeira audiência e o anúncio de sua ausência por problemas de saúde foi recebido com vaias no tribunal. O advogado de defesa afirmou que seu cliente de 85 anos vai acompanhar a audiência por videoconferência. Outro réu ausente foi o ex-chefe dos serviços de inteligência Hugo Anzorreguy, que também deve seguir a audiência por videoconferência de uma clínica, onde está internado devido a uma infecção. Junto ao agora senador Menem e Anzorreguy, o destituído juiz Juan José Galeano, que era encarregado da instrução e um ex-dirigente da comunidade judia figuram entre os réus que enfrentarão o Tribunal Criminal Federal na capital argentina.

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A Justiça argentina acusa os ex-funcionários do Irã de terem organizado o ataque contra a Amia, e de ter encarregado o grupo armado libanês Hezbollah de realizar o ataque, algo que Teerã sempre negou. Mas os que estarão agora no banco dos réus não são acusados do atentado em si, e sim de terem ocultado provas e obstruído as investigações. Entre outros delitos, são acusados de violação dos meios de prova, falsidade ideológica, acobertamento, abuso de autoridade e peculato e, em alguns casos, coação de testemunhas, privação abusiva da liberdade e prevaricação (por resolver com base em provas adulteradas).

O atentado contra a Amia ressurgiu em janeiro passado, quando o promotor da causa desde 2004 foi encontrado morto em seu apartamento, em um episódio ainda não esclarecido. Ele acusou a presidente Cristina Kirchner de tentar encobrir os iranianos envolvidos no atentado, ao assinar em 2013 um memorando entre Buenos Aires e Teerã para permitir o interrogatório dos indiciados no Irã. A denúncia do promotor morto foi rejeitada em três instâncias judiciais.

(Com agência France-Presse)

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