Combates matam dezenas apesar de visita de Annan
Ao menos 26 pessoas, a maioria militares, morreram na Síria nesta segunda
Dezenas de pessoas, a maioria militares, morreram nesta segunda-feira na Síria, onde ocorrem violentos combates entre o exército e os insurgentes perto de Damasco, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Os combates aconteceram durante a visita do enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, que viajou para o país para conversar com o ditador Bashar Assad após o massacre de Hula de sexta-feira.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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O número de mortes nos confrontos ainda é controverso – enquanto a rede americana CNN fala em 26 mortos, citando informações dos Comitês de Coordenação Local (CCL), a agência de notícias Reuters afirma que 41 pessoas morreram, segundo ativistas de direitos humanos.
Mortes – Foram registradas novas manifestações massivas pelo terceiro dia consecutivo para denunciar o massacre em Hula (centro) de sexta-feira, organizadas pelos opositores ao regime de Bashar Assad. Ao menos oito soldados e dois insurgentes morreram em combates em Yabrud, uma cidade próxima à capital contra a qual as tropas lançaram um forte ataque na manhã desta segunda-feira.
Na mesma província, milhares de pessoas participavam na cidade de Tall de funerais de civis mortos na véspera. Na próxima Ain el-Mnin, sete soldados morreram na madrugada desta segunda-feira em um ataque contra o ônibus que os transportava. Na província de Idleb, um rebelde foi assassinado a tiros em Saraqeb por um miliciano partidário do regime que mais tarde foi encontrado morto na estrada.
Um franco-atirador matou um jovem de 14 anos no bairro al-Faria de Hama (centro). Na mesma província, três civis foram feridos durante um ataque lançado pelas forças do regime contra a cidade de Traimse. Na província de Aleppo (norte), três oficiais morreram e 19 militares foram feridos na explosão do ônibus no qual circulavam no caminho que vai para o aeroporto.
No domingo, vários ataques na Síria deixaram 87 mortos, segundo o OSDH, 34 deles em Hama, que foi alvo de uma ofensiva das forças governamentais contra bairros residenciais em represália pela morte de soldados em confrontos com os desertores.
(Com agência France-Presse)