Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Com vice dos EUA e Guaidó, Grupo de Lima se reúne nesta segunda

Pela primeira vez o líder opositor da Venezuela estará presente em reunião do bloco formado para debater a crise no país; Mourão representa o Brasil

Por Da Redação Atualizado em 25 fev 2019, 03h38 - Publicado em 25 fev 2019, 03h30

Pela primeira vez, o Grupo de Lima, bloco criado em 2017 para promover uma saída para a crise venezuelana, vai se deliberar diretamente com Juan Guaidó, o opositor de Nicolás Maduro que se autoproclamou presidente do país e é apoiado por 50 nações. Guaidó já está em Bogotá para a reunião do grupo, nesta segunda-feira 25, que terá também as presenças dos vice-presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, respectivamente Hamilton Mourão e Mike Pence.

“O legítimo governo da Venezuela se integra formalmente ao Grupo de Lima”, declarou o presidente colombiano, Iván Duque, que também fará parte da reunião  Após a fracassada operação que pretendia levar a ajuda internacional doada pelos Estados Unidos e seus aliados para o território venezuelano, o opositor de Maduro pediu à comunidade internacional para deixar “em aberto todas as opções para conseguir a libertação”.

O Grupo de Lima, uma aliança de 13 Estados latino-americanos e o Canadá, reuniu-se pela última vez em 4 de fevereiro, em Ottawa. Na ocasião, 11 países pediram uma mudança pacífica de governo, solicitando que militares fiéis a Maduro reconhecessem Guaidó como presidente e permitissem a entrada de ajuda humanitária.

“Hoje, a Venezuela se levanta novamente com uma crise que poderia ter sido aliviada no dia de ontem”, disse Guaidó, ao chegar a Bogotá.

Neste domingo, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, advertiu que os dias de Maduro “estão contados”. O líder opositor antecipou que discutirá em Bogotá com os chanceleres das 14 nações americanas do grupo “possíveis ações diplomáticas” contra Maduro.

Continua após a publicidade

Chavismo ‘canta vitória’

Acompanhado por generais leais a Maduro, o líder chavista Diosdado Cabello considerou uma “vitória” que a assistência não tenha entrado no território venezuelano.

“Não passou nenhum caminhãozinho de ajuda”, disse neste domingo, durante um ato em San Antonio del Táchira, limítrofe com a Colômbia. “Agimos de forma muito inteligente, segurando e afrouxando, até chegar à vitória”, manifestou.

Com o fracasso da entrada da ajuda, Guaidó saiu enfraquecido, afirmam analistas, apesar de em meio aos confrontos, um total de 156 militares venezuelanos terem desertado e passado para o lado colombiano da fronteira desde o sábado. Três sargentos venezuelanos também pediram refúgio no Brasil.

“Guaidó sai enfraquecido” porque depois do ocorrido “não está muito claro” que o apoio que ele tem em sua terra “seja maciço”, afirmou o internacionalista Rafael Piñeros. O opositor disse ter um milhão de voluntários dispostos a transportar e zelar pela ajuda, mas a participação foi muito menor.

Guaidó cruzou a fronteira com a Colômbia na sexta-feira, apesar de uma restrição da Justiça ligada ao chavismo que o impedia de deixar o país, e não se sabe como ele vai vontar. Segundo o venezuelano Ivan Duque, ele retornará a Caracas: “como o presidente da Venezuela não vai voltar ao seu país?”.

Continua após a publicidade

A tentativa de transporte da ajuda a partir da Colômbia levou Maduro a romper relações com Bogotá, praticamente congeladas desde 2017. A oposição também tentou levou ajuda a partir de Brasil, Porto Rico e Curaçao.

Um grupo de diplomatas colombianos dos consulados de Mérida e Valencia retornou neste domingo ao seu país, junto com seus familiares, e carregando as próprias malas, após cruzar a pé a ponte binacional Simón Bolívar.

O governo colombiano determinou o fechamento das quatro passagens fronteiriças que ligam o departamento de Norte de Santander com a Venezuela durante 48 horas para avaliar os danos provocados pelos distúrbios.

(Com AFP)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.