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Com criminalidade em alta, “Anjos da Guarda” voltam a patrulhar metrô de NY

A organização de segurança civil nasceu no bairro do Bronx durante a violenta década de 70 e já teve mais 1.000 membros

Por Da Redação
7 fev 2016, 10h58

O aumento de furtos, roubos e agressões a passageiros nos trens de Nova York provocou o retorno de uma patrulha de civis que estava desaparecida no centenário metrô que percorre os cinco distritos da cidade, os Anjos da Guarda. Os usuários do metrô, que transporta diariamente mais de cinco milhões de pessoas, dividem a viagem, para surpresa de alguns e alegria de outros, com um grupo de voluntários desarmados. A organização nasceu durante a violenta década de 70 e, com suas distintivas jaquetas e boinas vermelhas, passou a fazer parte do cotidiano nos vagões para prevenir novos ataques.

“Nunca imaginaria que 37 anos depois do nascimento dos Anjos da Guarda estaria fazendo o que fazia em 1979”, disse à Arnaldo Salinas, cofundador do grupo, junto com Curtis Sliwa. Naquela época, quando o grupo nasceu no Bronx, foi batizado de Magnificent 13, a maioria dos membros era de origem latina, principalmente de República Dominicana, Peru, México, Argentina e Uruguai, e contava com mais de mil integrantes, que incluíam algumas mulheres.

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Há 22 anos, desde 1994 – quando o ex-promotor Rudolph Giuliani chegou à Prefeitura de Nova York – o grupo não patrulhava o metrô, apesar de sua presença ter sido constante em comunidades que os chamavam diante de novos problemas. Segundo Salinas, “as coisas tinham melhorado, o crime tinha diminuído, mas agora está piorando rapidamente, e, se não fizermos algo, vamos perder de novo nossa cidade e talvez seja pior do que em 1979”, quando Nova York atravessava uma grave crise econômica e tinha altas taxas de criminalidade, drogas, gangues, estações do metrô escuras e pichadas.

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De acordo com os dirigentes do grupo, “as quadrilhas estão apoderando de Nova York e a criminalidade está fora de controle”. As autoridades garantiram que as estatísticas mostraram uma queda em janeiro, mas ao mesmo tempo admitiram que houve aumento de 20% das agressões com canivete e esfaqueamentos, o que alarmou os usuários do metrô e ocupou as manchetes dos jornais nova-iorquinos nos últimos dias. Para o chefe de polícia, os incidentes não estão relacionados. Ele considerou que estão sendo cometidos por pessoas com problemas mentais e que esses números irão cair.

“Este é um problema nosso, dos cidadãos, não da polícia, nem do prefeito”, afirmou Salinas, explicando que quando é necessário, o grupo realiza a detenção civil até a polícia chegar. Por enquanto, entre seis e doze “anjos” treinados para este trabalho patrulham em dois turnos o metrô sete dias por semana, segundo Sliwa, que acrescentou que já intervieram em várias brigas e com passageiros que agrediam outros em uma das rotas. “O crime começou a se descontrolar no metrô durante os últimos anos, mas nem a polícia nem o prefeito deram a devida atenção ao problema, e por isso voltamos em maior número e com mais presença”, acrescentou Sliwa.

Mortes – Neste trabalho voluntário, os Anjos da Guarda já perderam seis de seus membros desde sua fundação, mortos a tiros, o primeiro por um policial em Nova Jersey que o confundiu com um bandido, e os demais por criminosos. “Não foi fácil, principalmente quando tive que notificar seus familiares”, relatou Salinas. O 37º aniversário da organização será comemorado no próximo dia 13, data em que os atuais Anjos da Guarda, assim como antigos membros históricos, tomarão o trem 4 na Avenida Fordham Bronx, perto de onde a organização foi fundada.

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(Com agência EFE)

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