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Com Covid-19 em alta, Japão garante realização da Olimpíada em 2021

País deve anunciar endurecimento da quarentena na próxima segunda-feira 4; medida chama atenção por proximidade dos Jogos Olímpicos

Por Felipe Mendes Atualizado em 19 mar 2021, 08h21 - Publicado em 2 jan 2021, 11h50

O Japão iniciou 2021 com sentimentos difusos. Se por um lado há a esperança na realização dos Jogos Olímpicos em julho, por outro há o receio diante do aumento da disseminação do novo coronavírus no país. Com o número de casos de Covid-19 em alta, sobretudo na capital Tóquio, o país deve emitir um novo alerta de emergência na próxima segunda-feira, 4. “O governo nacional e os três governadores compartilharam a visão de que a situação na área de Tóquio está ficando mais grave, de tal forma que uma declaração de emergência pode ser necessária”, disse o ministro da Economia, Yasutoshi Nishimura. Como medida provisória para mitigar os impactos da enfermidade, restaurantes e salões de karaokê na área de Tóquio deverão ser solicitados a fechar às 20h, e o consumo de álcool deve ser finalizado às 19h, segundo Nishimura.

O número de novas infecções pela enfermidade tem batido recordes nos últimos dias. Em 31 de dezembro, 4.540 pessoas foram diagnosticadas com a doença. No dia 1º, foram 3.257 casos detectados. A preocupação não é de agora. Em 17 de dezembro, a região de Tóquio elevou seu nível de alerta para a enfermidade. Ao todo, a nação asiática conta com 239.068 casos do novo coronavírus, e 3.342 mortes.

Em entrevista à Reuters, Fumie Sakamoto, gerente de controle de infecções do Hospital Internacional St. Luke, em Tóquio, disse que o acumulo de casos de Covid-19 tem prejudicado o sistema de saúde do país e criticou a atuação do governo local. “O governo japonês não fez muito para controlar a infecção”, disse ele. “A declaração de emergência deveria ter vindo mais cedo, provavelmente durante dezembro ou novembro.” Desde o dia 25 de maio, quando o então primeiro-ministro Abe Shinzo declarou o fim do estado de emergência no país, o Japão não introduz medidas restritivas além do habitual uso de máscaras e álcool em gel. Apesar de resistir à volta ao estado de emergência, Yoshihide Suga, atual primeiro-ministro, tem sido pressionado por autoridades locais a reconhecer a gravidade em relação ao aumento do número de casos.

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Em meio à incerteza, o país tem buscado se proteger para garantir a realização dos Jogos Olímpicos este ano. Em 10 de dezembro, o governo japonês anunciou a compra de 10.500 ultracongeladores para o armazenamento de imunizantes ao novo coronavírus. O país tem acordos para a aquisição de 290 milhões de doses de vacinas desenvolvidas por Pfizer e BioNtech (que precisam ser armazenadas a -70ºC), AstraZeneca e Moderna. O número será suficiente para imunizar 145 milhões de pessoas, quantidade acima da população da nação.

Em comunicado assinado pelo primeiro-ministro Suga na última sexta-feira, o país disse que “os profissionais da saúde estão fazendo esforços para combater o vírus 24 horas por dia em estabelecimentos médicos, centros públicos de saúde e de enfermagem” e que “fará, em primeiro lugar, esforços contínuos para evitar a propagação de infecções”. Além disso, reforçou investimentos em transformação digital para reformas agrícolas, políticas turísticas e outras iniciativas. “Traremos vitalidade às economias locais, que representam uma parcela significativa do consumo do Japão, e revigoraremos o Japão como um todo”, diz Suga, no texto. Por fim, o primeiro-ministro pediu solidariedade global e garantiu a realização dos Jogos Olímpicos. “O Japão terá como objetivo liderar a criação da ordem pós-coronavírus, dando importância ao multilateralismo. Neste verão, realizaremos os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio, que simbolizam a unidade do mundo. Avançaremos minuciosamente nossos preparativos para alcançar jogos seguros”, afirmou.

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