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Colombiano é preso em Madri por filmar partes íntimas de 555 mulheres

Criminoso postou 283 vídeos, atraiu 1,4 milhão de visualizações e responderá por intimidação e abuso sexual

Por Da Redação
21 ago 2019, 17h21

A Polícia Nacional da Espanha prendeu em flagrante nesta quarta-feira, 21, em Madri, um colombiano acusado de gravar vídeos das partes íntimas de 555 mulheres, sem consentimento delas, para publicar em sites de pornografia. Algumas das vítimas eram menores de idade.

O nome do detido, de 53 anos, não foi divulgado pelas autoridades. Ele praticava o que é chamado de “up skirting” –  filmar partes íntimas das vítimas sem que elas percebam. Ele se valia de um celular escondido na mochila para fazer as filmagens e escolhia mulheres com minissaia ou vestido curto. As gravações eram feitas em locais movimentados, como estações de metrô e proximidades de supermercados. Em determinados casos, a vítima era perseguida.

“As mulheres nunca se deram conta de que estavam sendo filmadas. Algumas se sentiam incomodadas com a mochila tão perto delas e se distanciavam”, afirmou o inspetor-chefe responsável por redes sociais da Secretaria de Investigação Tecnológica da Polícia Nacional, Roberto Fernández. “Cada vez ele demonstrava ter mais prática, o que o fez ganhar mais confiança e se arriscar mais”, completou, ao dizer que o colombiano repetia a atitude de forma compulsiva.

Desde julho do ano passado, o colombiano postou um total de 283 vídeos na internet, de acordo com a Polícia Nacional. Também criou um perfil, para a exposição das imagens, que atraiu 3.519 assinantes e teve 1,4 milhão de visualizações. A polícia investiga se o esquema de filmagem e divulgação das imagens tinha finalidade lucrativa.

O colombiano confirmou ter sido o autor das gravações, depois de ter sido identificado e preso pelos agentes. Ele estava filmando uma mulher quando foi imobilizado e detido e, agora, responderá à Justiça espanhola por intimidação e por abuso, prostituição e corrupção de menores, em prisão provisória, sem direito a fiança.

(Com EFE)

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