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Colômbia: Santos nega que rebeldes desmobilizados ocuparão cargos públicos

Por Guillermo Legaria
23 Maio 2012, 16h21

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, descartou nesta quarta-feira que os chefes guerrilheiros possam ter acesso a cargos políticos em caso de desmobilização depois de uma negociação de paz, e negou que um projeto de lei em tramitação no Congresso contemple esse benefício.

“Nem Timochenko nem nenhum dos líderes da guerrilha vão obter cargos de eleição popular por causa deste ato legislativo. Isso não é possível!”, disse Santos ao intervir em um ato acadêmico do qual participaram os comandantes militares e oficiais de alta patente das Forças Militares.

Timochenko ou Timoleón Jiménez, cujo verdadeiro nome é Rodrigo Londoño, é o máximo comandante das comunistas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), a principal guerrilha deste país fundada em 1964 e que conta, atualmente, com cerca de 9.200 combatentes.

Com suas declarações, Santos respondeu a questionamentos de analistas e algumas ONGs como Human Rights Watch (HRW), que afirmam que o projeto denominado Marco Jurídico para a Paz significará uma anistia aos chefes guerrilheiros e permitirá a eles ter acesso a cargos públicos ao se desmobilizarem.

“O ato (legislativo) não diz nada sobre a possibilidade da participação política dos líderes da guerrilha. Há quem queira que o país acredite que os líderes possam participar da política”, acrescentou Santos.

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O presidente explicou que o projeto, que já foi aprovado pela Câmara de Deputados e deverá passar agora para avaliação do Senado, permitirá por em andamento uma estratégia de justiça transacional que beneficie as vítimas do conflito e permita a obtenção da paz.

“O que este ato legislativo faz – insisto – é abrir um espaço constitucional para que no futuro se possa desenvolver uma estratégia integral de justiça transacional, que permita satisfazer os direitos das vítimas e conseguir a transição para o que todos queremos, que é a paz”.

A Colômbia sofre há quase meio século com um conflito armado. Em décadas passadas se concederam anistias a guerrilheiros desmobilizados e benefícios processuais a chefes paramilitares que confessarem seus crimes e indenizarem suas vítimas.

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