O jornalista francês Romeo Langlois, libertado na quarta-feira no sul da Colômbia, disse nesta quinta-feira que seu sequestro pela guerrilha das Farc faz parte dos “riscos profissionais”, e não responsabilizou as forças militares pelo mesmo.
“Apoio totalmente o Exército colombiano. De forma alguma ele é responsável pelo que aconteceu comigo, que faz parte dos riscos da profissão”, disse Langlois em uma entrevista coletiva na embaixada francesa na Colômbia.
“Foi um fato da guerra, faz parte do trabalho. Não houve um erro de manobra, a guerrilha estava em sua casa”, acrescentou o jornalista.
Langlois elogiou os militares que o acompanhavam quando ele foi capturado pela guerrilha, e expressou condolências aos parentes dos que morreram no combate. “Estive durante um bom tempo com esses homens realmente corajosos, que se comportaram como cavalheiros comigo”, disse o correspondente do canal de TV France 24.
Langlois, de 35 anos, vive há uma década na Colômbia e foi capturado pelas Farc no dia 28 de abril, no departamento de Caquetá, quando a patrulha com a qual se deslocava para fazer uma reportagem sobre operações contra o tráfico de drogas foi atacada por guerrilheiros.
Quatro militares morreram e oito ficaram feridos no combate. Langlois foi baleado em um dos braços, se entregando posteriormente aos guerrilheiros, contou.