Colisão de trens pode ter sido provocada por erro humano
Um deles estaria em rota errada; acidente matou 16 pessoas e feriu outras 60
Os primeiros indícios apontam um erro humano como a causa da colisão de dois trens na Polônia, que deixou 16 pessoas mortas e feriu outras 60 no sábado. Ainda é necessário, porém, esperar a análise das caixas-pretas e as declarações dos maquinistas para determinar a razão exata do acidente.
O próprio presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski, indicou que tudo aponta para um possível erro humano, já que a linha onde a colisão foi registrada estava parcialmente fechada, e um dos trens deveria ter optado por uma terceira linha para permitir a passagem do outro trem que vinha na direção oposta. Os maquinistas também precisam pedir permissão à sala de controle para trafegar em direção contrária, assim como os sistemas de segurança e alarmes devem avisar quando essa situação ocorrer – fatos que não aconteceram.
O acidente aconteceu no sábado, por volta das 21 horas (local), próximo da cidade de Zawiercie, na linha que liga as duas cidades mais importantes do país, Varsóvia e Cracóvia. No momento da colisão, cerca de 350 pessoas viajavam nos vagões atingidos. Segundo o Ministério do Interior polonês, 57 passageiros permanecem hospitalizados, três deles em estado grave.
Investigação – A Promotoria polonesa abriu uma investigação para apurar o caso, enquanto as autoridades já identificaram o corpo de nove vítimas. Desde o acidente, as equipes de resgate seguem seus trabalhos de busca, já que ainda há inúmeras pessoas desaparecidas, incluindo um dos maquinistas.
A Polônia conta com uma ampla rede ferroviária herdada do período comunista, embora não conte com trens de alta velocidade. Aliás, a reforma das estruturas ferroviárias do país é um dos principais objetivos do atual governo polonês. Isso porque, neste verão, coincidindo com a realização da Eurocopa 2012, milhares de turistas viajarão até Polônia para acompanhar os jogos e muito deles usarão estes mesmos trens para se deslocarem entre Cracóvia e Varsóvia.
(Com agência EFE)