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Clérigo radical Abu Qatada será libertado no R.Unido

Por Da Redação
6 fev 2012, 14h44

Londres, 6 fev (EFE).- O clérigo radical Abu Qatada, considerado líder espiritual da Al Qaeda na Europa, sairá em liberdade condicional nos próximos dias no Reino Unido, segundo ditou nesta segunda-feira um tribunal londrino.

O juiz estipulou que Qatada, que estava a seis anos e meio preso no país sem acusações e que lutava contra sua deportação à Jordânia, será libertado por enquanto com estritas condições.

O clérigo islamita, jordaniano de origem palestina, usará um bracelete eletrônico de controle e ficará a maior parte do dia em prisão domiciliar, com exceção de duas saídas de uma hora. Além disso, poderá levar um de seus filhos ao colégio.

O processo de libertar Qatada, atualmente na prisão de Long Lartin, no condado inglês de Worcestershire, levará ‘entre vários dias e uma semana’, enquanto o serviço de espionagem MI5 comprova o endereço do domicílio que ele indicou, informou o juiz.

O Ministério do Interior britânico, que se opôs à libertação no julgamento, disse que estudará suas ‘opções legais’ para voltar a prender o clérigo, que continua considerado como ‘uma ameaça à segurança nacional’.

Qatada solicitou à Comissão de apelações especiais de imigração sua libertação mediante pagamento de fiança, depois que o Tribunal europeu de direitos humanos sentenciou no dia 17 de janeiro contra sua entrega à Jordânia.

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O tribunal europeu considerou que a extradição do suspeito ao país, onde foi condenado por delitos de terrorismo, violaria seus direitos porque algumas provas apresentadas no julgamento contra ele foram obtidas sob tortura.

Por causa desta decisão, Qatada, que o juiz espanhol Baltasar Garzón descreveu como ‘a mão direita do líder da Al Qaeda Osama bin Laden na Europa’, reivindicou sua libertação no Reino Unido, que foi obtida apesar da oposição do Ministério do Interior.

Qatada, de 52 anos, foi detido em 2002 na Inglaterra por ser suspeito de pertencer à rede terrorista da Al Qaeda, e foi condenado em sua ausência na Jordânia por participar de duas conspirações terroristas em 1999 e 2000.

Na audiência judicial desta segunda-feira, o advogado do clérigo, Ed Fitzgerald, alegou que ‘os seis anos e meio’ que seu cliente permaneceu na prisão de Long Lartin, sob um estrito regime de vigilância, são suficientes.

‘A detenção foi prolongada demais para considerá-la razoável ou legal e não há perspectivas de que acabe dentro de um período razoável’, afirmou o advogado, lembrando que o clérigo permanece fechado ‘sem acusações por motivos de segurança nacional’.

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O representante legal do Ministério do Interior, Tim Eicke, disse por sua parte que o período de detenção corresponde com ‘os graves riscos apresentados para o Reino Unido’ e lembrou que a ministra, Theresa Mai, ‘deu passos diligentes para tentar conseguir o mais rápido possível a deportação’.

O Governo britânico quer manter sob custódia policial Abu Qatada, que chegou ao Reino Unido como refugiado em 1994, até que as autoridades jordanianas demonstrem que terá um julgamento justo no país.

No passado, Abu Qatada, requerido em vários países por delitos de terrorismo, utilizou seus sermões em uma mesquita de Londres para incentivar o martírio de jovens muçulmanos, pedir a morte dos judeus e justificar os ataques suicidas de extremistas islâmicos.

Segundo o estipulado pelo juiz nesta segunda-feira, as condições restritivas de libertação de Qatada serão aplicadas durante três meses, e depois desse período, será avaliada sua libertação definitiva se o Governo britânico não conseguir concordar sua entrega à Jordânia. EFE

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