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Citando ‘apartheid de vacinas’, diretor da OMS cobra ação de países ricos

'Países de baixa e média renda têm quase metade da população, mas acesso a 17% das vacinas. A diferença é realmente enorme', destacou diretor da OMS

Por Da Redação Atualizado em 17 Maio 2021, 18h35 - Publicado em 17 Maio 2021, 17h41

O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira, 17, que o mundo chegou a uma situação de “apartheid de vacinas”, fazendo um apelo para que fabricantes de imunizantes contra a Covid-19 acelerem suas produções e países com estoques compartilham seus excedentes.

“Os países ricos possuem 15% da população mundial, mas têm 45% das vacinas. Países de baixa e média renda têm quase metade da população, mas acesso a 17% das vacinas. A diferença é realmente enorme”, disse em evento virtual organizado pelo Fórum da Paz de Paris. 

Para o diretor, o cenário de “apartheid”, onde países ricos têm mais acesso a imunizantes do que países pobres, é causado justamente pela falta de compartilhamento. A solução proposta por ele seria aumentar o envio de excedentes ao consórcio Covax, da OMS, que tem objetivo de criar um acesso mais igualitário às vacinas.

Este cenário faz com que alguns países não tenham vacinado seus grupos de risco ou de profissionais da linha de frente do combate à pandemia, enquanto outros países, mais ricos, seguem aplicando doses em grupos de baixo risco, como adolescentes e crianças.

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Mais cedo nesta segunda-feira, Adhanom já havia pedido que empresas farmacêuticas e países ricos se mostrem solidários “em dias, não em meses”, citando longos prazos anunciados para doações.

O mecanismo Covax, criado para doar vacinas contra a Covid-19 aos países em desenvolvimento, entregou 65 milhões de doses a 140 países, mas no ritmo atual terá enviado 190 milhões a menos do que o planejado até o final de junho, segundo Tedros. 

“Queremos que as empresas fabricantes se unam ao esforço da AstraZeneca”, disse, citando a empresa da qual provém a maior parte das doses distribuídas pela Covax por enquanto. Ele também ressaltou que a campanha de solidariedade “depende da vontade dos governos e das empresas”.

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O etíope enfatizou que a Pfizer se comprometeu a doar 40 milhões de doses à Covax, “mas a maioria seria distribuída no segundo semestre de 2021, e nós precisamos dessas doses agora”.

Algo semelhante acontece com os acordos entre a OMS e a Janssen (subsidiária da Johnson & Johnson), enquanto a Moderna “assinou um acordo para doar 500 milhões de doses, mas a maioria se comprometeu a doá-las para 2022”, quando “precisamos urgentemente de centenas de milhões de doses em 2021, dado o delicado momento da pandemia”, explicou. 

O diretor da OMS também pediu que o Instituto Serum, da Índia, um dos maiores fabricantes de vacinas do mundo e atual parceiro na produção de doses do imunizante da AstraZeneca, contribua com a Covax o mais rápido possível, “assim que a onda da Covid-19 em território indiano se reduza”.

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