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Cinco ministros pedem demissão do governo Fernández após derrota eleitoral

Os cinco são ligados à vice Cristina Kirchner e a manobra é entendida como forma de pressionar o presidente para uma reforma ministerial

Por Da Redação 15 set 2021, 18h14

Cinco ministros da Argentina colocaram seus cargos à disposição do presidente nesta quarta-feira, 15, após a derrota do partido governista nas Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (Paso), realizadas no último domingo, 12, para as eleições legislativas de novembro. Os ministros que propuseram a renúncia são os de Interior, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Desenvolvimento Territorial e Habitat e Cultura.

Os cinco, de um total de 21 ministros, são ligados à vice-presidente Cristina Kirchner, e a manobra é entendida como forma de pressionar Alberto Fernández para uma reforma ministerial que dê mais relevância às pautas do kirchnerismo.

O primeiro a anunciar publicamente a decisão foi Eduardo “Wado” de Pedro, responsável pela pasta do Interior, que enviou uma carta a Fernández manifestando as razões de sua escolha.

“Ouvindo suas palavras no domingo à noite, quando você declarou a necessidade de interpretar o veredicto dado pelo povo argentino, considerei que a melhor maneira de colaborar com esta tarefa é colocar minha renúncia à sua disposição”, disse o ministro na carta.

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Após este posicionamento de Wado, novas renúncias começaram a ser anunciadas dentro do gabinete presidencial, que, segundo o chefe de Desenvolvimento Territorial e Habitat, Jorge Ferrari, foram comunicadas a Fernández na última segunda-feira.

Todos os que assinaram a carta são ligados ao movimento jovem La Cámpora,  liderado por Máximo Kirchner, filho da vice-presidente Cristina Kirchner.

Ainda não se sabe, no entanto, se Fernández aceitará ou não essas renúncias. 

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As primeiras eleições com ele como presidente foram vistas por analistas políticos argentinos como um plebiscito sobre seu mandato — marcado por duras e reiteradas medidas de combate à pandemia de Covid-19 e a uma recessão econômica que começou em 2018.

De acordo com a contagem provisória dos votos das primárias do último domingo, as listas de pré-candidatos a deputado da coligação governista Frente de Todos foram as mais votadas em apenas 7 das 24 províncias, e as da coalizão opositora Juntos pela Mudança levaram a melhor em 14.

Já em relação às listas para o Senado, a Frente de Todos só ganhou em duas das oito províncias onde houve o pleito.

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Em 14 de novembro, 127 das 257 cadeiras da Câmara dos Deputados — onde nenhuma bancada conta atualmente com maioria absoluta — estarão em disputa, assim como 24 das 72 do Senado, onde a coligação governista é majoritária.

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