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Cinco anos de guerra no Iraque

Por Giancarlo Lepiani
19 mar 2008, 08h14

Os Estados Unidos marcam nesta quarta-feira o quinto aniversário da empreitada mais polêmica e contestada de sua história recente: a guerra do Iraque. A data foi lembrada tanto pelos defensores da decisão de derrubar Saddam Hussein como pelos opositores da ação militar “preventiva” contra o país. O presidente George W. Bush, que ordenou a invasão em 2003, fez um discurso destacando os avanços contra o terror. Grupos pacifistas planejavam protestos na capital Washington e em outras cidades.

Em seu discurso, realizado no Pentágono, Bush disse que não tem arrependimentos e que os sucessos observados no Iraque são “inegáveis”. Apesar de admitir que ‘a guerra teve um alto custo em vidas e em dinheiro’, Bush afirmou que os EUA conseguirão alcançar a vitória. “Depois de cinco anos nessa batalha, é compreensível que exista um debate sobre se foi válido lutar essa guerra, se é válido vencer essa guerra, e se podemos vencê-la. As respostas são claras para mim”, afirmou. “Tirar Saddam Hussein do poder foi uma boa decisão, e este é uma luta que os EUA podem e devem vencer’.

Entre os democratas, a avaliação do quinto aniversário é bem diferente. “Nessa marca lúgubre, é preciso lembrar como entramos nessa e pensar na melhor forma de sair da situação”, disse o deputado John Dingell. “As missões que ainda restam no Iraque — como acabar com o conflito sectário, encontrar uma forma de dividir o poder e criar um governo que funcione — são tarefas que só os iraquianos podem cumprir.” Os democratas tentaram várias vezes retirar as tropas do país, mas Bush resistiu à pressão. O presidente se recusa a estabelecer um prazo para a retirada americana. No pronunciamento, ele ressaltou os ganhos alcançados com os recentes incrementos nas tropas.

Nesta semana, as tropas receberam a visita do vice de Bush, Dick Cheney, e do candidato governista à sucessão, John McCain. A campanha militar no Iraque é vista por muitos como um ponto negativo do governo Bush, mas a Casa Branca planeja transmitir a impressão contrária — tanto que, ao invés de deixar a data passar despercebida, organiza uma série de eventos para marcar o quinto aniversário. Para os americanos, a guerra já custou 500 bilhões de dólares, 3.990 baixas militares e críticas no exterior. Para os iraquianos, a invasão significa o fim de uma ditadura brutal, mas também a destruição do país, vítimas inocentes e a explosão do terrorismo.

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