O Exército sírio ataca Zabadani há uma semana para esmagar a revolta nesta cidade da província de Damasco, que se tornou um foco da onda de contestação contra o regime do presidente Bashar al-Assad, indicaram militantes nesta quarta-feira.
“A cidade de Zabadani e o vale de Madaya são alvos dos ataques com metralhadoras pesadas pelo sétimo dia consecutivo”, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), acrescentando que três civis tinham sido mortos nesta quarta-feira e que dezenas estavam feridos.
Desde o início da manhã, “100 obuses atingiram as casas” de Zabadani, segundo os Comitês Locais de Coordenação (LCC), que organizam a mobilização no terreno.
Muitas casas “desabaram. A população vive uma situação humanitária difícil, a energia elétrica e a água foram cortadas”, nesta cidade turística, 45 km ao norte de Damasco, segundo o OSDH, que menciona “a fuga de centenas de famílias” para localidades vizinhas.
Na cidade de Kfeir Yabous, “quatro militares foram mortos e um quinto foi capturado” após um ataque de desertores, acrescentou o OSDH.
Há duas semanas, grupos do Exército Sírio Livre (ESL), formado por desertores, entraram em Zabadani antes de efetuar uma “retirada tática”, segundo esta organização.
Nesta quarta-feira, pelo menos 62 pessoas foram mortas na repressão praticada pelo regime na Síria, sendo pelo menos 50 em Homs (centro), alvo de uma vasta ofensiva militar, indicou o OSDH.
A cidade de Rastan, próximo a Homs, é atacada com foguetes. As forças de ordem realizaram prisões em Mouadamiyé e em Irbine, perto de Damasco, segundo o OSDH.