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Cidade de Caracas lança moeda para driblar desvalorização do bolívar

Moeda chamada de 'caribe' pode ser utilizada na feira de alimentos subsidiados organizada pelo município; cada caribe vale 1.000 bolívares

Por Da redação
Atualizado em 16 abr 2018, 18h27 - Publicado em 16 abr 2018, 17h21

A Prefeitura de Caracas anunciou neste domingo o lançamento de sua própria moeda, o “caribe”, para tentar driblar a escassez de dinheiro na Venezuela e a desvalorização do bolívar, moeda oficial do país, em meio à hiperinflação.

Os caribes, com cédulas de 5, 10, 20, 50 e 100, podem ser utilizados apenas na feira de alimentos com preços subsidiados organizada pelo município, informou a prefeita Érika Farías, aliada do presidente Nicolás Maduro. Cada caribe equivale a 1.000 bolívares.

Farías definiu a moeda como um “mecanismo de proteção” para a população. Os moradores de Caracas podem trocar bolívares pela moeda municipal em transações eletrônicas em postos da prefeitura.

A escassez de dinheiro é mais uma dificuldade para os venezuelanos, que enfrentam uma hiperinflação, que segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI) deve alcançar 13.000% este ano, além de grave falta de produtos básicos.

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O governo de Maduro atribui a situação a “máfias” que fazem contrabando com papel-moeda, mas analistas consideram que é uma consequência da impossibilidade de imprimir cédulas ao ritmo da inflação fora de controle. A maior nota, de 100.000 bolívares, paga com dificuldade um café nas ruas.

Maduro anunciou em março o lançamento de novas cédulas e moedas, que entrarão em vigor no dia 4 de junho, em um processo de reconversão monetária que cortará três zeros do bolívar, o que significa que 100.000 bolívares passarão a valer 100.

Em meio ao caos, várias comunidades começaram a implementar moedas paralelas. No fim de 2017, moradores de 23 de Janeiro  grande área popular ao oeste de Caracas  criaram o “Panal”, cuja cédula de maior valor tem a imagem do falecido presidente Hugo Chávez (1999-2013). A moeda é usada no bairro (um reduto chavista) para negociar o que é produzido na própria comunidade.

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