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China volta a prometer que não vai mais usar órgãos de prisioneiros em transplantes

Autoridades do país afirmam que prática deve acabar a partir de 1º de janeiro de 2015

Por Da Redação
5 dez 2014, 08h13

O governo da China anunciou na quinta-feira que a partir de 1° de janeiro vai parar de extrair órgãos de prisioneiros executados para uso em transplantes. O anúncio foi elogiado por ativistas de direitos humanos, mas também está sendo recebido com cautela, já que não é a primeira vez que as autoridades chinesas prometem acabar com a prática.

O diretor do comitê chinês responsável por organizar a doação de órgãos, Huang Jiefu, afirmou à imprensa estatal do país que a partir do ano que vem só os órgãos de voluntários ou de pessoas internadas que receberam aval da família vão poder ser usados em transplantes.

Os presos chineses condenados à morter são responsáveis por dois terços dos transplantes realizados na China. Anualmente, a China é o país que mais executa prisioneiros. Em 2013, pelo menos 2.400 pessoas foram sentenciadas à morte, de acordo com a ONG Dui Hua. O número de execuções levadas a cabo não é divulgado pelo governo chinês.

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Com uma tradição de poucas doações voluntárias, o país vem recorrendo há anos aos prisioneiros para contornar a escassez de órgãos. O comitê de doações estima que a cada ano 300.000 pacientes entrem na fila de transplantes, mas só 10.000 chegam a receber um órgão. Só 1.500 transplantes foram considerados “voluntários” ao longo de 2014, segundo o comitê. De acordo com a rede BBC, muitos chineses desconfiam da doação de órgãos por questões religiosas e por medo de que as doações sejam desviadas por funcionários corruptos.

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Com a maior população do mundo, a China tem uma taxa de doação de apenas 0.6 por grupo de 1 milhão de pessoas. Na Espanha, por exemplo, a taxa é 37 por 1 milhão.

Grupos como a Anistia Internacional saudaram o anúncio do governo chinês, mas advertiram que o processo de doações precisa ser mais transparente. Alguns grupos também reagiram com cautela por não ser a primeira vez que as autoridades lançam um plano semelhante.

Em novembro do ano passado, a China já havia anunciado que pretendia parar de extrair órgãos de prisioneiros, mas a prática continuou ao longo de 2014. Apesar disso, Huang Jiefu anunciou que pelo menos 40 centros de transplantes, muitos deles nas maiores cidades da China, extinguiram a prática.

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