Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

China reduz previsão de crescimento e muda seu modelo de desenvolvimento

Por Da Redação
5 mar 2012, 06h32

Pequim, 5 mar (EFE).- A China reduziu para 7,5% o objetivo de crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB) para 2012, contra o 9,2% alcançado no ano passado, a fim de reorientar o modelo de desenvolvimento econômico para o consumo interno, explicou nesta segunda-feira o primeiro-ministro, Wen Jiabao.

O líder chinês discursou na abertura das sessões da Assembleia Nacional Popular (ANP) que acontece em Pequim.

‘Devemos acelerar a reestruturação da política econômica acrescentando a demanda interna, sobretudo o consumo, a inovação e a economia de energia para a construção socialista no econômico, político, cultural e social, preservando a estabilidade para realizar com êxito sobressalente o XVIII Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês’, disse.

Tal Congresso se reunirá no próximo outono (hemisfério norte), como a cada meia década, e sentará a política chinesa da próxima década ao escolher o Comitê Central do PCCh, do qual sairá o Politburo e o secretário-geral, que aprovará a ANP em 2013 como novo presidente da China.

Continua após a publicidade

Em seu relatório sobre o trabalho do Governo na sessão anual da ANP, perante a máximo liderança e 2.924 delegados, o chefe do Executivo predisse uma recuperação global ‘difícil e tortuosa’.

‘A crise financeira internacional continua e em alguns países persistem as dificuldades para aliviar a curto prazo o problema da dívida soberana. Em nível nacional é premente que resolvamos contradições institucionais e estruturais’, disse.

Segundo Wen, as economias emergentes enfrentam também a pressão pelo aumento da inflação e o arrefecimento de seu crescimento.

Continua após a publicidade

No nível nacional, é preciso ‘atenuar o desequilíbrio e a descoordenação e abordar pressões sobre emprego, desenvolvimento da agricultura, aumento de renda dos camponeses, excesso de capacidade produtiva de certos setores e desmesurado consumo de energia’, destacou.

Wen reconheceu que em 2011 ‘não foram cumpridas algumas metas com problemas em desapropriação de terras, demolição de casas, segurança em produção alimentar e farmacêutica e em distribuição de renda que suscitam protestos das massas’, acrescentou.

Segundo disseram analistas, a estabilidade social é prioritária para o Congresso de outubro e por isso as diretrizes-chave são impulsionar o emprego, o bem-estar social e a flexibilização das políticas monetária e fiscal para estimular a demanda interna.

Continua após a publicidade

Baixar 0,5% na previsão de crescimento ajuda também a cumprir o Plano Quinquenal (até 2015) e fixa diretrizes para transformar o modelo econômico rumo a outro mais sustentável e eficaz, afirmou Wen.

O Governo tentará também deter o aumento do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), principal índice da inflação, em torno de 4% contra 5,4% anualizado de 2011.

Além disso, segundo o relatório de 39 páginas apresentado à ANP, a China aumentará em 2012 o volume de importações e exportações em 10% para melhorar seu balanço de pagamentos.

Continua após a publicidade

Também haverá cortes de impostos e políticas preferenciais para as pequenas e médias empresas e as dívidas dos Governos locais, área de risco para o sistema bancário chinês, serão vigiadas.

O primeiro-ministro também destacou a importância da modernização militar e policial.

A China reivindica quase todas as ilhas do Mar da China Meridional e cuja soberania disputa com Vietnã, Filipinas, Taiwan, Brunei e Malásia, além de Japão.

Continua após a publicidade

Na agricultura, a China apostará no desenvolvimento tecnológico para a segurança alimentar com uma produção de cereais em 2011 de 571 milhões de toneladas, aumento de 4,5% anualizado.

O setor receberá apoio para pesquisa e desenvolvimento, pois, segundo publicou o jornal oficial ‘China Daily’, mais de 90% de variedades de flores e vegetais são importados ‘e a pesquisa em sementes deve liderar o desenvolvimento do setor’.

Impulsionar a indústria das sementes é desejo repetido do Governo chinês já que companhias estrangeiras possuem 15% de um mercado no qual há 8.000 empresas, em geral pequenas e com pouca capacidade de pesquisa e desenvolvimento. EFE

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.