Xangai (China), 13 dez (EFE).- Três mil velas acesas na cidade de Nanquim relembraram as centenas de milhares de pessoas assassinadas pelas tropas japonesas na então capital chinesa, onde exatamente há 74 anos começou um massacre que se prolongou por um mês e meio.
Em 13 de dezembro de 1937, o Exército japonês invadiu Nanquim e nas seis semanas seguintes suas tropas incendiaram, saquearam, estupraram em massa dezenas de milhares de mulheres e assassinaram entre 150 mil e 340 mil pessoas, segundo diferentes fontes históricas.
Como faz todos os anos, a China relembrou hoje seu particular ‘Holocausto’, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, com uma cerimônia no Memorial das Vítimas do Massacre de Nanquim pelos Invasores Japoneses, construído sobre uma vala comum onde jazem mais de 10 mil corpos.
Na presença de monges budistas chineses e japoneses, foram acesas na noite de ontem três mil velas para orar pela paz eterna de todas as vítimas, informou hoje a agência oficial ‘Xinhua’.
Todos os anos comparecem à cerimônia centenas de pessoas, entre autoridades, sobreviventes do massacre, moradores de Nanquim, visitantes de outras partes do país e associações de amizade com a China de diversas cidades japonesas.
O prolongado massacre ainda é pouco conhecido fora da Ásia, embora seja cada vez mais relembrado graças a livros como ‘O Estupro de Nanquim’, de Iris Chang, e filmes como ‘O Massaque de Nanquim’ (em chinês ‘Nanjing! Nanjing!’, de Lu Chuan), Palma de Ouro no Festival de San Sebastián em 2009. EFE