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China diz que EUA mentiram em acusação de espionagem

Washington falsificou provas contra militares chineses como fez com as armas de destruição em massa do Iraque, declarou porta-voz do Exército da China

Por Da Redação
30 Maio 2014, 03h43

O Exército da China enfim rompeu o silêncio sobre as acusações de ciberespionagem feitas pelos Estados Unidos contra cinco militares chineses e rebateu o governo americano, afirmando que Washington falsificou provas como fez com as supostas armas de destruição em massa que justificaram a invasão ao Iraque, em 2003. “As supostas provas apresentadas (no caso da espionagem) lembram as da Guerra do Iraque, quando os EUA garantiram que tinham evidências suficientes sobre armas de destruição em massa, porém mais de uma década depois ainda não foram encontradas”, alfinetou em entrevista coletiva o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Geng Yansheng.

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Citado pela agência de notícias estatal Xinhua, o porta-voz militar afirmou que os Estados Unidos “têm vantagens únicas em tecnologia de internet e infraestrutura” com as quais demonstrou ser capaz de estar disposto a fabricar falsas provas para justificar suas ações. Geng acrescentou que os americanos não deram ainda explicações sobre suas próprias redes de espionagem a líderes políticos estrangeiros, empresas e indivíduos, apesar do sistema de vigilância controlado pela NSA, a Agência de Segurança Nacional dos EUA, ter sido divulgado ao mundo há um ano pelo ex-analista de inteligência Edward Snowden.

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“Os EUA não estão em condição de apontar o dedo a ninguém enquanto seus notórios erros continuam sem correção”, destacou o porta-voz, que ressaltou que o governo chinês prepara novas ações em protesto pela acusação de ciberespionagem industrial feita a a cinco membros do seu Exército.

Hackers – Quando a Casa Branca fez a denúncia em 19 de maio, o procurador-geral e secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, afirmou que a espionagem chinesa buscava dar vantagens competitivas a empresas estatais do país asiático com a ajuda de uma unidade militar de hackers sediada em Xangai. Entre as empresas afetadas pela suposta vigilância eletrônica industrial estariam United States Steel, Alcoa, Westinghouse Electric, SolarWorld e Alleghny Tecnologies, dos setores energético, de alumínio e siderúrgico. Um dia depois destas acusações, a China anunciou a ruptura do diálogo bilateral com os EUA em matéria de segurança e convocou o embaixador americano em Pequim, Max Baucus, a prestar explicações.

Os cinco militares chineses acusados nos EUA são Wang Dong (que na internet utilizava o sinônimo “UglyGorilla”), Gu Chunhui (conhecido como “KandyGoo”), Huang Zhenyu, Wen Xinyu e Sun Kailiang, este último com patente de capitão. A China contra-atacou as denúncias americanas citando o relatório do Centro de Desenvolvimento da internet do país, publicado em 15 de maio, segundo o qual servidores radicados nos EUA foram a origem de um terço dos ataques que 10,9 milhões de computadores sofreram ano passado dentro do território chinês com objetivo de serem controlados a partir do exterior.

(Com agência EFE)

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