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China devolve drone submarino capturado de navio dos EUA

Segundo Washington, o drone servia para medir a salinidade e a temperatura da água e foi capturado na última quinta-feira pela China

Por Da redação
20 dez 2016, 20h25

A China devolveu um drone submarino que capturou no Mar da China Meridional, confirmou o Pentágono depois que a ação de Pequim provocou uma disputa entre as duas potências.

“Este incidente contradiz tanto a legislação internacional como os padrões internacionais de conduta entre navios no mar”, afirmou o secretário de imprensa do departamento deDefesa americano Peter Cook. “Os Estados Unidos trataram desses fatos com os chineses através dos canais diplomáticos e militares apropriados e pedimos às autoridades chinesas que cumpram com suas obrigações sob a legislação internacional, assim como evite futuras tentativas de impedir as atividades legais dos americanos”, acrescentou.

Segundo Washington, o drone servia para medir a salinidade e a temperatura da água e foi capturado no último dia 15 pela China a 50 milhas marítimas das costas filipinas. O Pentágono destacou que o aparelho registrava dados para sonares e submarinos em operações de rotina em águas internacionais do Mar da China Meridional em total cumprimento da legislação internacional.

Horas antes, o ministério chinês da Defesa anunciou que Pequim devolveu o artefato na terça-feira aos Estados Unidos. “Após consultas amistosas, China e Estados Unidos completaram em 20 de dezembro no Mar da China Meridional a restituição do drone submarino americano”, indicou o ministério em seu site.

A porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying assinalou que a condução do incidente demonstra que os dois países têm um canal de comunicação adequado, mas alertou Washington contra a “realização de operações de reconhecimento em águas costeiras da China”.

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“A China se opõe energicamente a isso e pediu aos Estados Unidos que ponha fim a esse tipo de atividade, que foi a causa originária para este incidente acontecer”, acrescentou.

O governo chinês chegou a negar ter capturado o drone americano. Chunying ressaltou que a marinha chinesa havia encontrado a sonda americana na quinta-feira nesta zona reivindicada por vários países e que a recolheu para examiná-la. “É como quando achamos uma coisa na rua. É preciso verificá-la primeiro antes de devolvê-la”, explicou.

Roubo “sem presidente”

Segundo o Pentágono, o incidente foi registrado quando a tripulação civil de um navio oceanográfico retirava da água duas sondas, a 50 milhas da costa filipina. Um barco chinês de ajuda e resgate a submarinos interceptou um dos dois aparelhos, segundo o departamento de Defesa.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu ao assunto em um tuíte, no qual acusou a China de ter roubado a sonda. A mensagem teve uma grande repercussão porque, além disso, o presidente eleito cometeu um erro ao escrever “unpresidented” (“sem presidente”) em vez de “unprecedentet” (“sem precedentes”), um erro que retificou apagando o tuíte e publicando um novo.

“A China roubou um drone de pesquisas da Marinha dos Estados Unidos em águas internacionais, retirou-o da água e levou para a China em um ato ‘unpresidented'”, afirmou em sua mensagem.

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Nas últimas semanas Trump acusou Pequim de manipular sua moeda e ameaçou impor taxas elevadas às importações chinesas.

A imprensa chinesa reagiu às acusações do republicano. “Trump pode fazer as relações entre China e Estados Unidos afundarem no que Obama chama de ‘um modo de conflito total’ no qual ‘ninguém tem nada a ganhar'”, adverte o jornal China Daily. Trump “não tem nem ideia de como dirigir uma superpotência”, afirma o Global Times. “Quando ocupar suas funções, se tratar a China da mesma forma que em seus tuítes, a China não se deterá”, acrescenta.

(Com AFP)

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