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China condena acusação de envolvimento em ciberataques

Relatório de empresa americana, que aponta Exército chinês por trás de ataques de hackers, não tem 'prova técnica', disse Ministério da Defesa do país

Por Da Redação
20 fev 2013, 09h33

As acusações feitas por uma empresa americana de segurança na internet – que alega que uma unidade militar secreta chinesa provavelmente está por trás de uma série de ataques hackers – são falhas cientificamente e, portanto, não confiáveis, disse nesta quarta-feira o Ministério de Defesa da China. A declaração foi feita após a Casa Branca ter afirmado que o governo do presidente Barack Obama tem repetidamente levado suas preocupações sobre ataques digitais do governo chinês, inclusive aos militares chineses, “aos mais altos níveis”.

Leia também:

‘New York Times’ denuncia ataques de hackers chineses

‘Wall Street Journal’ também acusa chineses de ciberataque

A empresa Mandiant identificou a Unidade 61398 do Exército da Libertação do Povo, com sede em Xangai, como a força motriz mais provável por trás de ataques de hackers contra os EUA. A companhia disse acreditar que a unidade tenha realizado ataques “sustentados” contra uma ampla gama de indústrias. O Ministério da Defesa chinês já havia negado as acusações, mas desta vez foi mais longe, acusando a Mandiant de confiar em dados espúrios.

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“O relatório, ao confiar apenas em links de endereços IP para chegar a uma conclusão de que os ataques de hackers partiram da China, carece de prova técnica”, disse o ministério em comunicado em seu site. “Todo mundo sabe que o uso de endereços IP usurpados para realizar ataques de hackers acontece em uma base quase diária”, acrescentou. “Além disso, ainda não há uma definição clara, internacionalmente unificada, sobre o que pode ser considerado um ‘ataque hacker’. Não há nenhuma evidência legal por trás do relatório, que subjetivamente conclui que a concentração diária on-line (de informações) seja espionagem on-line.”

Origem – Como a pirataria on-line é um fenômeno transnacional, anônimo e escondido por sua própria natureza, é difícil descobrir exatamente onde os ataques se originam, continuou o comunicado. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Hong Lei, perguntado sobre as conversas entre EUA e China a respeito das preocupações americanas com hackers, disse: “A China e os EUA têm mantido comunicação sobre a questão relevante”.

A Unidade 61398 fica no bairro de Pudong, polo bancário e financeiro da China, e lá trabalham talvez milhares de pessoas fluentes em inglês, além de programadores e operadores de redes digitais, segundo o relatório da Mandiant. A unidade, segundo o texto, se apropriou de “centenas de terabytes de pelo menos 141 organizações espalhadas por um conjunto diverso de setores econômicos, já a partir de 2006”. A maioria das vítimas estava nos EUA, com números menores no Canadá e Grã-Bretanha. A informação subtraída incluía detalhes sobre fusões e aquisições e emails de funcionários graduados.

(Com agência Reuters)

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