Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

China censura e distorce as notícias sobre o caso ‘Panama Papers’

Os jornais e TVs, todos controlados pelo governo, ignoram o caso. As autoridades do país também bloquearam buscas em sites de pesquisa e menções nas redes sociais

Por Da Redação
5 abr 2016, 10h08

Enquanto impactos políticos vão surgindo após o vazamento de documentos detalhando contas e empresas offshores ligadas a figuras proeminentes ao redor do mundo, o governo da China se esforça para esconder as notícias do assunto e evitar que a população saiba do envolvimento de políticos do Partido Comunista no escândalo. Desde que surgiram notícias no domingo sobre os chamados ‘Panama Papers, a imprensa chinesa tem deliberadamente ignorado as revelações sobre ativos offshore controlados por parentes de autoridades do governo, incluindo o presidente Xi Jinping.

Os censores também têm limitado notícias e menções nas mídias sociais sobre os documentos. Parentes de vários atuais e antigos membros do Partido Comunista da China foram identificados nos documentos, que incluem e-mails, relatórios financeiros e registros corporativos do escritório de advocacia e consultoria panamenho Mossack Fonseca. Nem o principal jornal oficial, O Diário do Povo, nem a rede de televisão estatal divulgaram informações sobre os ‘Panama Papers’. A cobertura feita pela agência de notícias oficial Xinhua se limitou a um artigo detalhando comentários de Michel Platini, o ex-presidente da federação de futebol europeia, que foi citado nos documentos.

Leia também

‘Panama Papers’: Britânico criou empresa que ajudava a Coreia do Norte a vender armas

Continua após a publicidade

Escândalo: ‘Panama Papers’ abalam governos e países decidem investigar

Macri é apontado como sócio de empresa em paraíso fiscal

Alguns portais de notícia chineses publicaram reportagens sobre o caso citando personalidades estrangeiras, como o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, sem mencionar detalhes relacionados a políticos chineses. Sites como Google, Facebook e Twitter são proibidos na China e as ferramentas de busca chinesas, como o Baidu e o Sohu, também bloquearam buscas pelo termo ‘Panama Papers’. A mídia estatal critica as reportagens ocidentais sobre o vazamento, afirmando que a cobertura é tendenciosa em relação a líderes de fora do Ocidente.

Continua após a publicidade

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.