Santiago do Chile, 11 jun (EFE).- Um total de 22 pessoas ficou ferido e 64 foram detidas nos distúrbios ocorridos domingo no centro de Santiago, durante uma homenagem ao falecido ditador chileno Augusto Pinochet, segundo dados atualizados pelas autoridades nesta segunda-feira.
Entre os feridos, 20 são da polícia militar e dois são jornalistas que cobriam os incidentes, um do ‘Canal 13’ e outro do ‘Megavisión’, de acordo com os dados do governo da capital chilena. Dois soldados ainda estão hospitalizados, um deles com ferimentos graves.
Os enfrentamentos foram protagonizados por opositores de Pinochet, que tentavam se aproximar do teatro Caupolican, onde aconteceu a homenagem ao ditador, e por policiais, que usaram gás lacrimogêneo e jatos d’água para contê-los.
Os distúrbios mais graves foram protagonizados por grupos de manifestantes encapuzados que quebraram bens públicos, agrediram transeuntes e policiais e atacaram prédios comerciais e outras edificações.
Na manhã de hoje, os semáforos quebrados em três importantes cruzamentos ainda não haviam sido retirados, o que gerou engarrafamentos.
Entre os locais mais afetados estão uma loja de carros onde 15 veículos foram seriamente danificados e um edifício em construção, que os manifestantes tentaram queimar. Segundo as fontes, a maioria dos detidos foi presa por desordem e danos ao espaço público.
O ato em homenagem a Pinochet somou cerca de 1.200 presentes, e o governo local contabilizou cerca de 3 mil manifestantes do lado de fora do teatro, reunidos principalmente em um parque a cerca de 500 metros do teatro. EFE