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Chefe de agência russa acusada de envenenar ex-espião morre aos 62 anos

Segundo o governo local, Igor Korobov sofria de uma "prolongada e grave doença". Ele liderava o GRU, departamento acusado de conspirações internacionais

Por Da Redação
22 nov 2018, 13h02

Chefe do departamento de inteligência militar da Rússia, Igor Korobov morreu ontem, aos 62 anos, devido a uma “prolongada e grave doença”, segundo informou nesta quinta-feira uma fonte do Ministério da Defesa, citada pela agência local Tass. O Departamento Central de Inteligência Militar (GRU), liderado por Igor, estava envolvido em polêmicas internacionais, acusado de conspirar contra opositores em países como Inglaterra e EUA.

Korobov encabeçava o GRU desde fevereiro de 2016. Seu antecessor, Igor Sergun, morreu no mês anterior, aos 58 anos, depois de comandar a agência por 5 anos.  O GRU é acusado pelo ocidente de estar por trás de ataques internacionais. Autoridades britânicas acreditam que eles orquestraram um ataque em Salisbury contra o agente duplo aposentado Sergei Skripal e sua filha, Yulia, em março de 2018. 

A Holanda também acusou a agência russa por uma tentativa de ciberataque contra a Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq). A organização, sediada em Haia, investigava qual havia sido a substância utilizada no envenenamento de Skripal. Segundo a CNN, o site investigativo Bellingcat identificou os suspeitos do ataque como dois agentes do GRU, desmentindo alegações do presidente russo, Vladimir Putin, de que seriam civis.

Korobov foi indiciado por ingerência nas eleições americanas

Igor Korobov ingressou no exército soviético em 1973, trabalhava na inteligência militar desde 1985, e ocupou diferentes postos na Direção Geral, até sua nomeação como chefe do GRU em 2016 por um decreto presidencial, acrescentou a agência Tess.

Em fevereiro deste ano, como chefe da agência, foi indiciado com mais 12 pessoas pela tentativa de ingerência nas eleições presidenciais americanas de 2016.

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O Departamento do Tesouro americano impôs sanções a mais de 20 pessoas e entidades russas que supostamente tentaram interferir nas eleições com ataques cibernéticos, e também acusou o Kremlin de ter lançado um ciberataque contra a rede elétrica dos EUA.

Segundo os EUA, “o GRU esteve diretamente envolvido na ingerência nas eleições de 2016 através de ciberataques e foi diretamente responsável pelo ciberataque NotPetya”, explicaram então altos funcionários americanos.

Korobov e aquele que foi seu subdiretor até 2017, Sergey Gizunov, já tinham sido sancionados em dezembro de 2016 pelo então presidente Barack Obama, na primeira represália de Washington pela suposta ingerência russa nas eleições presidenciais realizadas um mês antes.

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