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Chefe da Opaq espera que Nobel inspire novos tratados pelo fim das armas

Ahmet Uzumcu afirma que premiação reforçará 'comprometimento e dedicação' dos membros da entidade

Por Da Redação
11 out 2013, 10h18

O diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), laureada nesta sexta-feira com o Nobel da Paz, classificou o prêmio conferido à entidade como uma “agradável surpesa”. O turco Ahmet Uzumcu afirmou ainda que espera que o reconhecimento inspire outros tratados para banir armas no mundo. “A Convenção sobre Armas Químicas de 1993 é uma história de sucesso, que pode ser usada como exemplo para implementação de outros tratados. Eu espero que isso inspire pessoas e organizações a contribuir para a paz no mundo”, afirmou, referindo-se ao tratado que deu origem à Opaq.

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A convenção de 1993 foi ratificada por 189 países. Em 1997, os estados-membros declaram à Opaq possuir 71 196 toneladas de armas químicas – a maior parte do arsenal estava em poder dos Estados Unidos e da Rússia. Desde então, 81,7% dessas armas foram destruídas e todas as fábricas declaradas foram desmanteladas sob a supervisão da entidade, que já realizou mais de 5 000 inspeções.

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Uzumcu também afirmou, em uma entrevista coletiva na sede da organização, em Haia, na Holanda que o ataque com armas químicas na Síria, em 21 de agosto, é “um lembrete de que há muito trabalho a ser feito”. A ação deixou mais de 1 400 mortos. Ele também afirmou esperar que o prêmio faça com que a organização reforce seu “comprometimento e dedicação com o desarmamento”.

O ataque de agosto quase provocou uma intervenção dos EUA na guerra civil que assola a Síria há mais de dois anos. A possibilidade foi afastada depois que o regime sírio concordou em entregar seu arsenal químico e filiar-se à Opaq. Ao falar do caso, Uzumcu citou os perigos enfrentados pelos inspetores da organização que atuam no país para desmantelar o arsenal químico do ditador Bashar Assad.

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É a primeira vez na história da organização que seus funcionários são obrigados a trabalhar nessas condições. Alguns dos esconderijos do arsenal ficam justamente em zonas de combate entre as forças do regime e rebeldes. Na terça-feira, Uzumcu já havia pedido para que as duas partes estabelecessem tréguas para permitir que os inspetores possam trabalhar em segurança.

A Síria tem até o início de novembro para destruir as máquinas responsáveis pela produção das armas químicas. Já a destruição do arsenal deve ocorrer até o fim do primeiro semestre de 2014, segundo as diretrizes estabelecidas no acordo proposto pela Rússia em setembro e aceito pelos EUA e pelo Conselho de Segurança da ONU.

Os técnicos da Opaq chegaram ao país no início do mês, e já inspecionaram três depósitos. No último fim de semana, inspetores começaram a supervisionar a destruição dos primeiros equipamentos usados para disparar as armas, que foram inutilizados com o uso de maçaricos e máquinas trituradoras.

Nesta sexta-feira, Uzumcu disse que as metas são “ambiciosas”, mas que com esforço é possível cumprir os prazos. Segundo estimativas de serviços de inteligência, a Síria possui cerca de 1000 toneladas de gases e agentes nervosos.

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