
O novo presidente da General Motors (GM), Fritz Henderson, disse nesta terça-feira que “entende” as exigências de reestruturação que o governo americano impôs para que a montadora possa receber o apoio de Washington. Segundo Henderson, a GM precisa aprofundar e acelerar a reestruturação, seguindo as pautas dadas na segunda-feira pelo presidente americano, Barack Obama.
Obama sugeriu que as montadoras utilizem o mecanismo de recuperação judicial para se re-estruturarem e reduzirem suas dívidas. Segundo Obama, caso a General Motors e Chrysler não apresentem planos que permitam o retorno da rentabilidade, é possível que precisem recorrer ao processo de concordata “como um mecanismo para ajudá-las a se re-estruturar rapidamente e emergir fortes”.
Concordata – Henderson, que assumiu após a renúncia de Rick Wagoner no domingo, explicou que a GM deverá fechar mais fábricas nos próximos meses, para que possa cumprir os requisitos impostos pelo governo americano. Sobre a possibilidade de concordata, admitida por ele na segunda-feira, o novo presidente da montadora disse que ela ocorrerá se, até 1º de junho, a empresa não conseguir equilibrar suas contas.
A Casa Branca deu à montadora 60 dias para apresentar um novo plano de redução de custos, uma condição para que a empresa possa receber mais ajuda do governo. Depois de uma revisão minuciosa do plano de re-estruturação da GM, o governo dos Estados Unidos pretende manter a assistência à companhia durante o tempo necessário para a elaboração de um novo plano, afirma o jornal, com base em fontes oficiais. A informação surge depois da notícia de que a Casa Branca teria considerado os planos de re-estruturação da GM insuficientes e que a empresa precisava ser mais agressiva, caso deseje ter um futuro a longo prazo.