Caracas, 1 dez (EFE).- A presidente Dilma Rousseff foi recebida nesta quinta-feira pelo líder venezuelano, Hugo Chávez, em sua primeira visita oficial a Caracas desde que assumiu o Governo, antes de participar a partir de amanhã da cúpula de fundação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Chávez afirmou a jornalistas minutos antes do encontro que abordaria com Dilma a agenda comum e os projetos em andamento entre os dois países em setores estratégicos.
‘Agora vamos fazer a reunião bilateral, para revisar os convênios em matéria energética e científica’, declarou o presidente, ressaltando que tratariam também do programa de construção de casas, um dos símbolos do Governo venezuelano.
‘São projetos estratégicos tanto para o Brasil como para a Venezuela’, ressaltou Chávez, que lançou um plano para construir três milhões de casas até 2019.
O presidente venezuelano lembrou também que esta é sua segunda reunião com Dilma, depois que ambos se encontraram em junho durante uma viagem que Chávez concluiu em Cuba, onde foi operado em duas ocasiões por um abscesso pélvico e um tumor canceroso que lhe foi extraído.
Chávez voltou a falar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem conversou em três ocasiões desde que ele também foi diagnosticado com câncer. ‘Eu tenho planos de visitá-lo. Eu e ele somos irmãos, mais que irmãos’, comentou.
No primeiro encontro, Chávez concordou com Dilma em manter o impulso à integração regional e abrir novas oportunidades de negócios bilaterais com o compromisso de continuar o trabalho iniciado por Lula para ‘consolidar a América Latina como uma área de paz’ e ‘futura região sem miséria, com justiça social’.
Em novembro, o líder venezuelano repassou com o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, ‘o mapa estratégico bilateral’, durante uma visita do chefe da diplomacia brasileira à Venezuela.
Além disso, conversaram sobre projetos conjuntos relativos à energia, indústria, agricultura e habitação, setores nos quais as empresas brasileiras estão ‘prontas’ para investir na Venezuela, segundo Chávez. EFE