O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou nesta terça-feira a prisão de Lina Ron, a militante radical “chavista” acusada de liderar o ataque à sede da rede de televisão Globovisión, em Caracas, na segunda-feira.
“Hoje ela se apresentou. Apesar do fato de ter se apresentado, está presa. Não há alternativa, violou a lei e deve receber o peso da lei”, disse Chávez.
A ordem de prisão contra Lina Ron foi emitida pela promotoria venezuelana com base no vídeo gravado durante o ataque à sede da Globovisión.
“Quando se trata da lei, não podemos meter a mão por ninguém, nem por nada, porque isto foi uma violação da lei e um ato inaceitável”, destacou Chávez.
“Este ato de agressão contra uma emissora de televisão contra-revolucionária só faz dar mais oxigênio à contra-revolução, e é um ato que não podemos permitir nem como revolução, nem como governo e nem como Estado”.
Ao menos 30 pessoas armadas atacaram com bombas de gás lacrimogêneo a sede em Caracas da Globovisión, muito crítica ao governo Chávez.
“É um ato anárquico que atenta contra a paz do país (…) Nós não somos os portadores da violência”, disse Chávez.
Lina Ron é dirigente da União Patriótica pela Venezuela (UPV), que defende o chamado “chavismo radical”.