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Chanceler lê carta atribuída a Chávez em encontro de cúpula

No texto, coronel lamenta não estar presente fisicamente ao encontro. Jornal afirma que magistrados assinaram ata de posse sem terem visto o mandatário

Por Da Redação
22 fev 2013, 17h25

O chanceler da Venezuela, Elías Jaua, leu nesta sexta-feira uma mensagem atribuída a Hugo Chávez durante a Cúpula dos países da América do Sul-África, realizada em Malabo, Guiné Equatorial.

“Lamento de verdade, desde o mais profundo do meu ser, não poder estar presente fisicamente com vocês”, diz a carta.

Além de exaltar o encontro, o texto lido pelo ministro também condenou o ‘imperialismo’ e criticou o que foi chamado de “atividade de ingerência da Otan”, a aliança do Atlântico Norte. A carta faz menção às “invasões e bombardeios imperiais, que descartam qualquer opção por soluções políticas e pacíficas dos conflitos internos que se iniciaram em diversas nações da África”.

Não há informações confiáveis sobre o real estado de saúde de Chávez. As informações são controladas pelo palácio Miraflores. Na noite desta quinta-feira, o ministro revelou em cadeia nacional de TV que Hugo Chávez mantém quadro de insuficiência respiratória e que seu estado clínico ainda não é favorável.

Chávez voltou a Caracas na segunda-feira depois de dois meses de tratamento em Cuba. Desde então, advogados, ONGs, estudantes e a oposição, cobram maior transparência nas informações e uma prova de que o presidente realmente está no país. Ainda não foi divulgada nenhuma imagem de Chávez em Caracas.

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Durante todo o período de internação de Chávez, o governo venezuelano tenta fazer parecer que ele continua no comando do país. A estratégia inclui, claro, os encontros internacionais. No final de janeiro, o vice-presidente Nicolás Maduro leu uma carta atribuída a Chávez durante o encontro da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Santiago, no Chile.

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Juramento de posse – Desde que foi anunciado o retorno de Chávez ao país, a discussão sobre sua posse voltou a ganhar força. O coronel deveria ter tomado posse diante da Assembleia Nacional em 10 de janeiro, como previsto na Constituição, mas não o fez, uma vez que estava internado em Havana à época. O Legislativo e o Judiciário, poderes alinhados ao chavismo, concederam ao caudilho o “tempo necessário” para fazer o juramento para o mandato que vai até 2019.

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Nesta sexta-feira, o jornal espanhol ABC publicou reportagem na qual afirma que a ata de juramento já foi assinada pelos 32 membros do Superior Tribunal de Justiça, sem que nenhum deles tenha visto o mandatário no Hospital Militar de Caracas, para onde foi levado, segundo a informação oficial do governo.

Citando um ex-magistrado da Corte, que não foi identificado, o jornal afirma que o documento será entregue a Maduro, para que a ata tenha a assinatura de Chávez. “[A ata] seria divulgada no momento que a cúpula do governo considerar oportuno, no caso de não haver uma piora súbita no estado de saúde”, diz o diário.

Uma ata elaborada desta forma, sem a presença dos magistrados para testemunhar que o mandatário está em condições físicas e psíquicas para assumir o posto, acentuaria as dúvidas sobre a constitucionalidade do processo. Até mesmo a assinatura de Chávez pode ser questionada, no caso de não ocorrer uma posse pública, como já ocorreu com outros documentos divulgados com a assinatura do caudilho depois da operação, realizada no dia 11 de dezembro.

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