Caracas, 2 jun (EFE).- O chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, agradeceu neste sábado ao Partido dos Trabalhadores (PT) ‘a expressão de amor’ que, a seu ver, se fez patente em declarações de apoio eleitoral ao presidente, Hugo Chávez, e que a oposição do país já qualificou de ‘lamentáveis’.
‘Agradecemos ao Brasil, ao PT do Brasil, por tanta solidariedade, por tanto acompanhamento e pela expressão de amor que contêm estas declarações oficiais que deram nos últimos dias’, disse Maduro ao canal ‘Telesur’, no Rio de Janeiro, onde se reuniu com seu par brasileiro, Antonio Patriota.
Na quarta-feira passada, o presidente do PT, Rui Falcão, anunciou que em julho viajará para Caracas para manifestar a ‘simpatia’ e o ‘total apoio’ de seu partido a Chávez, visando às eleições presidenciais do dia 7 de outubro.
Embora Falcão tenha especificado que se tratava do apoio ‘do partido e não do Governo’ brasileiro, a oposição venezuelana não demorou para rejeitar as declarações do dirigente, qualificando-as de ‘lamentáveis’ e ‘míopes’.
‘Essa visão não necessariamente reflete a opinião dos setores políticos brasileiros sobre a realidade venezuelana’, disse à Agência Efe o coordenador adjunto da Área Internacional da aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), Edmundo González.
Ao contrário, Maduro agradeceu as declarações de Falcão, ‘pela clareza’ com que identificou o ‘combate’ que o povo venezuelano está dando entre um modelo ‘de desenvolvimento verdadeiramente social e outro de subordinação e de falsa democracia’.
O ministro das Relações Exteriores venezuelano ressaltou que declarações como esta demonstram que a eventual reeleição de Chávez nas urnas ‘é respaldada pelas forças revolucionárias, progressistas, democráticas e de esquerda do continente’.
‘No próximo 7 de outubro haverá uma vitória de caráter histórico que vai permitir abrir os caminhos rumo ao desenvolvimento dos novos modelos (…) do socialismo bolivariano, do socialismo cristão’, disse o ministro.
O candidato único da oposição, Henrique Capriles, enfrentará nas urnas Chávez, que espera conseguir sua terceira reeleição consecutiva e continuar outros seis anos mais à frente do Governo. EFE
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