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“Centuriões” romanos protestam diante do Coliseu

Por Alberto Pizzoli
12 abr 2012, 15h24

Cerca de 50 “centuriões”, figurantes muitas vezes desempregados que cobram ilegalmente para posar com turistas, junto aos monumentos de Roma, manifestaram-se nesta quinta-feira diante do Coliseu, para obter da prefeitura um estututo de trabalho legal, constatou a AFP.

Os centuriões declararam querer receber “uma garantia por escrito” da prefeitura de Roma, explicou David Sonnino, porta-voz dos “centuriões”, ao mesmo tempo em que o ministério da Cultura pediu que se afastassem do Coliseu, por uma questão de decoro.

Diante de uma multidão de curiosos divertidos com o espetáculo, a polícia obrigou os que estavam pendurados no primeiro andar do célebre anfiteatro a descer. Alguns atritos foram registrados entre “centuriões” e policiais municipais, e o protesto se deslocou para o interior do monumento.

Os “centuriões” queixam-se de não mais poderem posar com os turistas diante do Coliseu, devido a um decreto municipal emitido no dia 4 de abril, para fazer respeitar uma lei regional de 2002 que proíbe o comércio ambulante nas proximidades de monumentos históricos. Eles se arriscam, agora, a processos penais, a cada vez que permanecerem, vestidos com suas fantasias, diante do Coliseu, do Castelo Sant’Angelo ou do Panteão.

A presença às vezes agressiva desses homens musculosos com uma túnica vermelha, o gládio e o capacete, às portas dos monumentos mais célebres vem sendo, com frequência, alvo de protestos dos turistas, que reprovam a eles cobrar somas abusivas (até 100 euros) por uma simples foto.

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Vários deles foram detidos no ano passado durante uma operação da polícia.

Disfarçados de centuriões, policiais quiseram pegá-los em flagrante delito de violência: os agentes foram agredidos, então, por esses homens que defendiam com toda a força seu território contra os ‘recém-chegados’.

Famílias da “malavita” (organização criminosa) romana estariam por trás do recrutamento desses homens, muitas vezes desempregados, vindos de bairros populares.

Uma astúcia correntemente empregada pelos “centuriões” é de emprestar a máquina fotográfica para um turista e recusar pegá-la de volta, enquanto não receberem uma soma substancial.

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Os “centuriões” não têm nenhuma licença para trabalhar. Entre as possibilidades de regulamentação que evocam está a obtenção de um documento da prefeitura.

“A prefeitura nos acusa de degradar os monumentos históricos, mas isto não é verdade: estamos em harmonia com eles. As pessoas ficam contentes de posar conosco e nos pagam o que quiserem”, comentou David Sonnino.

“Queremos regras, queremos pagar impostos!”, desabafou.

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