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Casa Branca restringe acesso de jornalistas ao jantar entre Trump e Kim

Decisão teria sido tomada depois que repórteres questionaram presidente americano sobre temas controversos no início do evento em Hanói

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h54 - Publicado em 27 fev 2019, 13h40

A Casa Branca restringiu nesta quarta-feira, 27, o acesso de alguns jornalistas ao jantar entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, no primeiro dia de encontro entre ambos no Vietnã.

Um grupo de 13 correspondentes que cobrem a Casa Branca tinha autorização para seguir Trump durante todo o dia e acompanhar todos os eventos oficiais em Hanói, mas pelo menos três deles ficaram de fora do jantar entre Trump e Kim, na primeira jornada da reunião de cúpula.

Segundo denúncias de jornalistas americanos, a decisão do governo dos Estados Unidos de impedir a entrada dos repórteres na cerimônia foi tomada depois que eles questionaram Donald Trump sobre temas controversos no início do evento.

“(A porta-voz da Casa Branca) Sarah Sanders nos informou há pouco que não iria deixar entrar (no jantar) nenhum jornalista de um meio impresso devido a temas sensíveis relacionados com as perguntas que foram feitas nos atos anteriores ” da cúpula, explicou Vivian Salama, jornalista do The Wall Street Journal, em um e-mail enviado ao resto dos correspondentes da área de política.

A repórter explicou, contudo, que depois que alguns colegas fotógrafos começaram a protestar contra a decisão, Sanders liberou apenas a sua entrada na sala de jantar.

Salama faz parte do grupo de 13 repórteres credenciados pela Casa Branca para a cobertura oficial do evento. Eles são encarregados de escrever os relatórios conhecidos como “pool reports”, que contém as informações e imagens principais do encontro e são enviados para milhares de jornalistas que não estão no local ou têm cobertura restrita.

Embora ela tenha conseguindo entrar no jantar e enviar o relatório, os jornalistas das agências AP, Reuters e Bloomberg ficaram de fora do ato.

Jonathan Lemire, jornalista da AP, contudo, participou do início do encontro, quando Trump e Kim fizeram algumas declarações à imprensa. Ele perguntou ao presidente americano se ele tinha algo a dizer sobre o depoimento que seu ex-advogado, Michael Cohen, fará nesta quarta diante do Senado americano. O republicano respondeu que não apenas usando a cabeça.

Por sua vez, o correspondente da Reuters, Jeff Mason, tinha perguntado no mesmo ato se Trump havia desistido de sua promessa de desnuclearizar a península norte-coreana. O presidente também respondeu que não.

Vários correspondentes da Casa Branca atribuíram a decisão de barrar os jornalistas do jantar ao incômodo causado por suas perguntas em Trump.

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“A Casa Branca está insinuando que isto ocorreu por conta das queixas da Coreia do Norte, mas foi o presidente Trump que recebeu perguntas que incomodaram”, escreveu no Twitter uma jornalista da emissora CNN, Abby Phillip.

“Incrível que a Casa Branca esteja tentando imitar um ambiente de imprensa autocrático, no qual só permitem fotos, e não perguntas, ao presidente dos Estados Unidos”, acrescentou.

No começo do jantar com Kim, Trump pareceu celebrar a redução no contingente de imprensa. “Nada como ter um agradável jantar privado”, ressaltou.

(Com EFE)

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