Casa Branca: ciberataque contra Sony é ‘assunto de segurança nacional’
Investigadores apontam que Coreia do Norte está por trás do vazamento
O ciberataque contra o estúdio Sony foi classificado como “sério assunto de segurança nacional” pelo governo americano. A Casa Branca atribuiu a ação a uma “entidade sofisticada” e ainda evita responsabilizar a Coreia do Norte pelo ataque. O porta-voz Josh Earnest limitou-se a afirmar que o assunto está sendo discutido “diariamente” por integrantes do governo, que estão considerando a “resposta adequada” para o caso. As investigações estão sendo conduzidas pelo FBI e pelo Departamento de Justiça.
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“Eu posso dizer que isso tudo está sendo feito de acordo com declarações anteriores do presidente sobre proteger, monitorar e responder aos incidentes envolvendo ciberataques. Essa é uma questão que está sendo tratada como um sério assunto de segurança nacional”, disse o porta-voz. “Observamos uma atividade destrutiva feita com intenção maliciosa por uma entidade sofisticada.”
Apesar da cautela do porta-voz, na noite de ontem funcionários dos serviços de inteligência americanos afirmaram que investigações já concluíram que a Coreia do Norte está “profundamente envolvida” no ciberataque. A Coreia do Norte tornou-se a principal suspeita depois de criticar a produção de uma comédia de ação cujo roteiro inclui o assassinato do ditador Kim Jong-un. Oficialmente, o governo norte-coreano nega envolvimento no caso, mas celebrou os ataques à rede do estúdio.
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Nas últimas semanas, dados e arquivos de filmes ainda inéditos vazaram na internet. Vieram a público informações como salários de funcionários, e-mails indiscretos com opiniões desfavoráveis sobre atores e a versão de alta qualidade de várias produções que ainda não estrearam. Os hackers também ameaçaram atacar os cinemas que exibirem o filme A Entrevista. A ameaça levou várias redes de cinemas dos EUA a cancelar exibições e a Sony acabou suspendendo a estreia do filme no país, originalmente programada para 25 de dezembro.