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Capitão de navio acidentado na Itália quebrou as regras, diz proprietário

Por Filippo Monteforte
16 jan 2012, 12h02

O capitão do transatlântico que se acidentou na costa da Itália, deixando ao menos seis mortos, quebrou as regras em um erro “inexplicável”, afirmou o chefe da empresa proprietária do navio nesta segunda-feira.

Mas Pier Luigi Foshi, o chefe-executivo do Costa Crociere, também homenageou os membros da tripulação do Concordia Costa por seu papel no resgate dos passageiros, afirmando que todos eles “se comportaram como heróis”.

“Eles conseguiram evacuar mais de 4.000 pessoas em duas horas”, disse Foschi aos jornalistas em uma coletiva de imprensa em Gênova, lutando para conter as lágrimas.

O comandante do navio, Francesco Schettino, e o primeiro oficial Ciro Ambrosio abandonaram a embarcação antes que todos os passageiros fossem resgatados, e promotores italianos afirmam que podem enfrentar acusações de homicídio múltiplo.

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O jornal italiano Corriere della Sera informou nesta segunda-feira que Schettino navegou com o navio perto das margens rochosas da Ilha Giglio para agradar o maitre, procedente daquela região.

Foschi afirmou que o percurso que o capitão decidiu seguir era “sua própria iniciativa, contrária às regras escritas” da empresa.

“Ele realizou uma manobra que não tinha sido aprovada por nós e nos dissociamos de tal comportamento”, acrescentou.

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No entanto, ele afirmou que o fator humano neste episódio era “inexplicável”.

Foschi também pediu prudência antes de julgar as ações do capitão após o desastre, afirmando que existem “testemunhas confiáveis” que comprovaram que ele que ficou a bordo “muito tempo”.

O Costa Crociere, a maior operadora europeia de cruzeiros, afirmou em um comunicado no domingo que, aparentemente, Schettino havia “cometido erros de julgamento que tiveram sérias consequências”.

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“Se tivesse ocorrido um problema técnico, o alarme teria soado”, disse Foschi. “Não houve problema com a segurança no navio. Ele tem características de segurança ultra-seguras”.

Ele ressaltou que os inspetores visitaram o navio em dezembro e realizaram evacuações simuladas sem notar nada de anormal.

Ao responder a um jornalista, Foschi negou raivosamente que a empresa, uma subsidiária do grupo americano Carnival, tenha feito cortes no orçamento de segurança para seus navios.

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“Nós nunca, absolutamente nunca, planejamos esses cortes”, acrescentou.

Ele previu que a empresa irá passar por um período difícil como resultado do desastre, mas acredita que sua reputação será restaurada. “Há um milhão de clientes fiéis que nos apoiam”, disse ele, citando mensagens de solidariedade de ex-passageiros.

Ao estimar o custo imediato e direto do acidente em 93 milhões de dólares, afirmou que a empresa tem bases sólidas financeiramente, acrescentando: “Temos 24 mil funcionários para proteger”.

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“Não há dúvida sobre mudar o nome da empresa ou as suas perspectivas”, disse, descartando qualquer impacto a longo prazo na indústria de cruzeiros.

Em relação ao Costa Concordia, Foschi afirmou que ainda não sabe se ele sofreu uma “perda total” ou se poderá ser recuperado para voltar ao serviço.

Avisando que um resgate seria “muito difícil”, disse que a empresa saberia no domingo como agir.

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