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Candidato ultraconservador lidera pesquisa presidencial no Chile

Apelidado de 'Bolsonaro chileno', José Antonio Kast deixou para trás o deputado de esquerda Gabriel Boric

Por Da Redação 2 nov 2021, 18h42

A cerca de três semanas para as eleições presidenciais chilenas, em 21 de novembro, o candidato de extrema-direita José Antonio Kast se consolidou na dianteira em pesquisas de opinião, deixando para trás o deputado de esquerda Gabriel Boric.

De acordo com pesquisa do Pulso Ciudadano, publicada no último domingo pela consultoria Activa Research, Kast teria 26,5% dos votos, pouco à frente de Boric, com 25%. Em terceiro lugar fica a ex-ministra e senadora democrata cristã Yasna Provoste, com 12,1%.

O político ultraconservador do Partido Republicano, todavia, perderia no segundo turno, em 19 de dezembro, para Boric. Em um segundo turno hipotético entre a esquerda e a extrema-direita, Boric sairia vitorioso com 42,9% dos votos, enquanto Kast teria 36,8%.

Também divulgada no domingo, a pesquisa Plaza Pública Cadem indica um cenário semelhante, com Kast tendo 23% dos votos, à frente dos 20% de Boric.

Ainda assim, a marca é inédita para o candidato, que por seus comentários sobre aborto e homossexuais é chamado de “Bolsonaro chileno”.

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O cenário é visto como reflexo direto da perda de apoio a Sebastián Sichel, candidato governista de centro-direita que não alcança nem 10%, após intenções de voto despencarem desde o início de outubro. Ex-ministro do Desenvolvimento Social do presidente Sebastián Piñera, ele perdeu o endosso de ao menos cinco parlamentares nos últimos dias, que anunciaram abertamente apoio a Kast.

A imagem de Sichel é diretamente associada a de Piñera, que encara um pedido de impeachment e uma investigação policial por irregularidades financeiras, enquanto enfrenta mais de 70% de desaprovação.

A centro-direita, eleita na esteira do cansaço com a esquerda, nunca recuperou sua força depois dos protestos sociais e os partidos da coalizão Chile Vamos, do presidente, estão fracos e isolados, atrás dos adversários tanto de esquerda quanto de direita nas pesquisas de opinião, o que comprova também uma desilusão com a política tradicional e o surgimento de um novo modelo de política cidadã.

Desde os protestos em massa no último ano, o Chile passa por um momento político e social inédito, incluindo a derrota de partidos governistas e tradicionais nas eleições para escolher os redatores da nova Constituição. Enquanto os independentes e a oposição de centro-esquerda obtiveram mais de 40% das cadeiras da Assembleia Constituinte, a direita, que se apresentava em uma chapa única formada pelos partidos governistas, não conseguiu alcançar o percentual de votos necessário para vetar artigos na nova Carta Magna.

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