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Candidato pró-União Europeia vence eleições presidenciais em Montenegro

Milo Djukanovic venceu já em primeiro turno por 54% dos votos contra 33% do seu adversário Mladen Bojanic

Por Da redação
Atualizado em 16 abr 2018, 12h19 - Publicado em 16 abr 2018, 12h19

Milo Djukanovic, candidato pró-União Europeia do governamental Partido Democrático dos Socialistas (DPS), foi eleito presidente de Montenegro no primeiro turno com 54% dos votos. A vitória com mais de 50% dos votos era dada já no domingo, com as urnas ainda em apuração, e foi confirmada nesta segunda-feira.

Segundo a ONG independente Centro para o Monitoramento (CEMI), encarregada de dar os resultados, após a recontagem das células em mais da metade dos centros de votação, Djukanovic obteve 54% dos votos, muito à frente de seu principal rival, Mladen Bojanic, que obteve 33% dos votos. Quase 533 mil eleitores foram convocados às urnas entre 07h00 (02h00 de Brasília) e 20h00 (15h00 de Brasília) em 1.214 colégios eleitorais do pequeno país dos Bálcãs.

“É a vitória do futuro europeu em Montenegro”, afirmou Djukanovic após a divulgação dos resultados. O candidato, de 56 anos, foi primeiro-ministro em seis ocasiões desde 1991 e presidente durante um mandato (1998-2003). Além disso, impulsionou no ano passado o ingresso da pequena república na Otan e quer que Montenegro entre em meados da próxima década na União Europeia, afastando, dessa maneira, as aproximações com a Rússia.

Em discurso proferido no domingo, em que já se considerava vitorioso, Djukanovic reiterou que sua prioridade será o desenvolvimento econômico para melhorar o nível de vida em um país com um salário médio de 500 euros e uma taxa de desemprego de cerca de 20%. Também se mostrou disposto a trabalhar para superar as profundas divisões na sociedade montenegrina, ao indicar que estendeu a mão aos seus opositores “para trabalhar juntos na solução dos desafios de Montenegro”.

Seu principal adversário foi o empresário Mladen Bojani, também de 56 anos, que ao votar pediu o “fim ao reinado de um autocrata que quer transformar Montenegro em uma ditadura”. Ele recebeu apoio das principais formações de oposição, tanto as que defendem maior aproximação com a Rússia quanto as que não.

Em terceiro lugar ficou a primeira candidata mulher na história do país, Draginja Vuksanovic, que recebeu 8,2% dos votos. O único candidato abertamente pró-Rússia, Marko Milacic, um jornalista de 32 anos, se aproximou dos 3% dos votos.

As autoridades judiciais montenegrinas acusaram as instituições russas de estarem por trás de uma tentativa de golpe de Estado e, inclusive, de um projeto de assassinato de Djukanovic, que asseguram ter fracassado em outubro de 2016, algo que Moscou nega.

“A oposição nos propõe ser uma província russa” defende Djukanovic que contou com o apoio maciço das minorias croata, albanesa e bósnia, que representam cerca de 15% do eleitorado. “Uma política retrógrada sobre o modo de vida multiétnico em Montenegro”.

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Eleitores de Milo Djukanovic celebram sua vitória nas eleições erguendo bandeiras e fotos do presidente, em Podgorica, Montenegro – 15/04/2018 (Savo Prelevic/AFP)

Estas foram as terceiras eleições presidenciais desde a independência de Montenegro, conseguida em 2006 após separar-se do Estado comum que formava com a Sérvia.

Djukanovic, o político dominante do país, e seu governamental DPS, dirigiram Montenegro durante quase 30 anos, desde a queda do comunismo na antiga Iugoslávia, um caso único nos Balcãs.

O presidente se elege para um mandato de cinco anos e, embora careça de poder executivo e tenha um papel mais protocolar, é um cargo de grande prestígio.

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(Com AFP e EFE)

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