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Canadá reabre ponte bloqueada pelo ‘comboio da liberdade’

Cerca de 20 a 30 manifestantes foram presos na cidade de Windsor, que faz fronteira com Detroit

Por Matheus Deccache 14 fev 2022, 15h53

A ponte Ambassador, ligação comercial mais importante da América do Norte, foi reaberta na noite do último domingo (13) depois de ficar bloqueada por manifestantes contrários à obrigatoriedade da vacina por seis dias. 

A liberação foi possível devido a uma liminar expedida na última sexta-feira (11) que permitia a prisão dos manifestantes. De acordo com a Agência de Serviços de Fronteira do Canadá, a polícia canadense prendeu de 20 a 30 pessoas para normalizar o tráfego na ponte, que liga as cidades de Windsor, no Canadá, e Detroit, nos Estados Unidos

O bloqueio sufocou a cadeia de suprimentos da cidade americana e forçou as fábricas da Ford, a segunda maior do país, da General Motors e da Toyota a interromper suas produções. A ponte é responsável por cerca de 360 milhões de dólares por dia em carga, que corresponde a 25% do valor de todo o comércio de mercadorias entre as nações vizinhas. 

A polícia intensificou sua presença no domingo com mais de 50 veículos, incluindo um ônibus e um carro blindado, fazendo com que o número de manifestantes caísse de 100 para cerca de 45. Por meio do Twitter, autoridades policiais afirmaram que haveria tolerância zero para atividades ilegais.

O bloqueio da Ambassador fez com que a relação entre os governos dos países ficasse estremecida, uma vez que Washington pedia que as ações dos líderes canadenses fossem mais incisivas. Após a liberação, a conselheira de Segurança Nacional do presidente Joe Biden elogiou os esforços das autoridades vizinhas para acabar com os bloqueios.

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Em Ottawa, moradores começaram a bloquear aqueles que tentavam se juntar aos protestos em sinal de impaciência com a duração deles, que já passa das três semanas. Na Colúmbia Britânica, outra passagem que liga os países foi bloqueada por cerca de 200 pessoas, que se reuniram no lado americano para impedir a entrada de automóveis. 

O “comboio da liberdade” começou na capital canadense como um ato de caminhoneiros fronteiriços que eram contrários à obrigatoriedade da vacina e evoluiu para um ponto de encontro contra medidas de restrição contra a Covid-19. No último domingo, os protestos completaram 17 dias.

De acordo com o ministro da Preparação para Emergências, Bill Blair, à CNN, o governo canadense discutiu nas últimas semanas se deveria invocar medidas especiais para lidar com a situação na capital, e disse ser “inexplicável” a falta de policiamento na cidade. 

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De fato, a demora para se tomar uma decisão na capital foi motivo de estranheza e frustração na população. O motivo, no entanto, se deve ao pouco número de policiais na cidade – cerca de 1.500. Além disso, grande parte dos organizadores dos atos são ex-militares e veteranos do exército. 

Os protestos se espalharam por três pontos distintos da fronteira, incluindo Alberta e Manitoba. Segundo a polícia canadense, os atos foram parcialmente financiados por apoiadores dos Estados Unidos.

Até o momento, estima-se que a indústria automobilística já teve prejuízo de mais de 850 milhões de dólares, de acordo com dados do IHS Market.

Além do Canadá, um comboio de aproximadamente 150 veículos deixou Paris, no último domingo, em direção à Bruxelas, capital da Bélgica e sede dos principais prédios da União Europeia. 

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Em resposta, autoridades belgas proibiram qualquer manifestação com veículos motorizados na cidade e o premiê do país, Alexander de Croo, sugeriu que os manifestantes deveriam desistir de viajar e que “protestem em seus países”.

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