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Campanha pelo Brexit fraqueja a dois dias do referendo

A retórica inflamada anti-imigração do líder populista Nigel Farage é criticada pelos próprios partidários da saída do Reino Unido da União Europeia

Por Da Redação
21 jun 2016, 08h19

Ás vésperas do referendo sobre a União Europeia (UE), na quinta-feira, os investidores apostam na vitória da permanência do Reino Unido, e as bolsas, o petróleo e a libra subiram consideravelmente. Enquanto isso, as últimas pesquisas de opinião continuavam indicando um resultado muito apertado. No campo do Brexit (neologismo derivado das palavras britain e exit, ou saída britânica), há esforços de distanciamento da retórica incendiária anti-imigração de Nigel Farage, líder do partido populista Ukip ( Partido pela Independência do Reino Unido, na sigla em inglês), muito questionada após o assassinato da deputada por um simpatizante neonazista.

“Quando se utilizam da insegurança, medo e ira como armas, a explosão é inevitável”, reagiu o deputado trabalhista Neil Kinnock sobre o cartaz de Farage apresentando uma fila de refugiados como uma ameaça ao Reino Unido. A escritora britânica J.K. Rowling também criticou o cartaz para pedir o voto a favor da UE, argumentando: “Não sou uma especialista em quase nada, mas sei como se cria um monstro”.

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Sayeeda Warsi, que foi presidente do Partido Conservador, anunciou nesta segunda-feira que mudou de opinião e votará a favor da permanência na UE, cansada do que chamou de “mentiras e xenofobia” da campanha Brexit, assegurando que o detonador de sua decisão foi o cartel de Farage. Outros pesos-pesados do Brexit, como Boris Johnson, moderaram suas referências à imigração, e o ex-prefeito de Londres pediu a regularização dos imigrantes ilegais. “É o mais humano e o mais razoável economicamente”, disse Johnson em um comício em Londres, gerando algumas vaias na plateia.

Farage denunciou nesta segunda-feira que os defensores da UE estão tentando impor a ele o peso da morte de Cox. “Acho que há partidários da permanência na UE que estão tentando dar a impressão de que este incidente isolado horroroso está relacionado de algum modo com os argumentos apresentados na campanha”, disse o líder do Ukip, um dia depois de admitir que o assassinato freou a ascensão do Brexit.

“Que nós e a geração seguinte de deputados neste Parlamento honremos a memória de Jo Cox, provando que a democracia e as liberdades pelas quais ela se levantou são inquebrantáveis” e “unindo-nos contra o ódio que a matou, hoje e sempre”, disse o primeiro-ministro David Cameron nesta segunda no Parlamento. Uma pesquisa publicada na noite de segunda-feira pelo Daily Telegraph atribuiu 49% aos partidários de permanecer na UE contra 47% para os defensores do Brexit. Outra consulta, realizada para o The Times, deu 44% de apoio ao Brexit e 42% aos que querem continuar no bloco.

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(Da redação)

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