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Câmara dos EUA aprova US$ 1 bilhão para sistema israelense Domo de Ferro

Montante tem objetivo de substituir interceptadores usados contra foguetes disparados em Gaza durante tensões com o Hamas em maio

Por Da Redação 23 set 2021, 19h02

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou com ampla maioria nesta quinta-feira, 23, um projeto de lei para fornecer fundos para o Domo de Ferro de Israel, poderoso sistema de defesa antimísseis. O montante tem objetivo de substituir interceptadores usados contra foguetes disparados em Gaza durante tensões com o Hamas em maio e diz respeito a um pedido feito por autoridades israelenses em junho.

A medida foi aprovada por 420 votos a 9, com oito democratas e um republicano votando contra. Agora o projeto segue ao Senado, onde líderes ainda não marcaram uma votação.

O Domo de Ferro é um sistema de defesa projetado para interceptar foguetes inimigos no ar, disparando mísseis de interceptação para destruí-los. O sistema foi inicialmente desenvolvido pela empresa israelense Rafael, mas tem sido amplamente apoiado pelos EUA.

Até novembro de 2020, os EUA forneceram 1,6 bilhão de dólares em baterias, interceptadores, custos de co-produção e manutenção geral ao Domo de Ferro, de acordo com o Serviço de Pesquisas do Congresso.

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Alguns democratas mais progressistas, que acusaram Israel de violações de direitos humanos contra palestinos, foram contra a inclusão do item em um projeto de lei de gastos mais amplo. Isso ameaçou a aprovação do projeto como um todo, à medida que democratas têm pouca maioria na Câmara, e republicanos se opuseram ao plano para financiar o governo federal até 3 de dezembro e aumentar o limite de empréstimos do país.

“Deveríamos estar falando sobre a necessidade palestina de proteção contra ataques israelenses”, disse a democrata Rashida Tlaib, um dos votos contra a medida, durante debate. Ela levantou preocupações com direitos humanos após mortes de civis palestinos por ataques israelenses em resposta a mísseis do Hamas em maio.

Segundo a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, mísseis lançados por Israel contra a Faixa de Gaza, que deixaram ao menos 242 mortos e 74.000 deslocados, podem constituir crimes de guerra. 

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Durante a reunião emergencial convocada por países árabes para discutir o confronto e a “grave situação humanitária” em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, Bachelet afirmou que os ataques “lançam dúvidas sobre a conformidade israelense com os princípios de distinção e proporcionalidade do direito humanitário internacional”. Os três territórios envolvidos foram ocupados por Israel após a Guerra dos Seis dias, em 1967.

De acordo com um comunicado do governo americano sobre a legislação, no entanto,, o financiamento é “consistente com o Memorando de Entendimento de 2016 entre os Estados Unidos e Israel, que compromete os Estados Unidos a fornecerem assistência adicional para reabastecer o Domo de Ferro após períodos de confronto para permitir que Israel continue se defendendo de ataque”.

Em comunicado, o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, agradeceu ambos os partidos pelo apoio na Câmara.

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 “Aqueles que tentam desafiar este apoio tiveram um resposta ressonante hoje”, escreveu.

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