A calma retornou ao Cairo na manhã deste sábado nas proximidades do ministério da Defesa do Egito, onde foi aplicado um toque de recolher noturno após os confrontos entre manifestantes e militares que deixaram pelo menos dois mortos.
Uma importante avenida da capital egípcia que leva ao ministério permanecia fechada por soldados fortemente armados e veículos blindados, mesmo depois o fim do toque de recolher.
Funcionários do hospital universitário Al-Zahra afirmaram na sexta-feira que receberam dois corpos, vítimas de tiros.
De acordo com o ministério da Saúde, os confrontos deixaram um militar morto e 296 feridos, com 131 hospitalizados.
Além disso, 179 foram colocadas em prisão preventiva de 15 dias.
Os manifestantes protestavam contra a permanência dos militares no poder desde a queda do regime de Hosni Mubarak em fevereiro de 2011, e contra a eventual influência que o poder militar pode exercer nas eleições presidenciais de 23 e 24 de maio.
O Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), que controla o país, prometeu eleições “100% honestas e transparentes”, além de ter ressaltado o compromisso de devolver o poder aos civis.